O Presente de Kazutora Hanemiya.

Kazutora Hanemiya - Parte Dois.

Baji me empurrou para dentro do reformatório, eu nem sabia o que pensar, só fui seguindo o guarda.

-- Quem você veio visitar? - perguntou o guarda.

-- Um amigo - nem eu sabia quem estava indo visitar.

Entramos dentro do lugar, era um pátio grande, seguimos pelo corredor, havia vários portões com cadeados, chegamos num tipo de recepção e ele pegou uma prancheta.

-- Qual o nome do amigo?

-- Ele se chama… - não acredito que havia esquecido o nome do garoto - É… Ka alguma coisa, Anemia.

-- Kazutora Hanemiya - disse uma voz atrás de mim - mas eu acho que não te conheço.

-- [Nome Sobrenome] é você mesma? - perguntou o guarda olhando para a prancheta.

-- Sim, sou eu - respondi olhando para o guarda, não me atrevi a olhar para trás, mas sabia que o garoto estava lá.

-- Vocês tem uma visita íntima agendada, é no quarto de número cinco, são duas horas - colocou a prancheta no lugar novamente - depois você volta para essa recepção - dito isso ele voltou para o portão e saiu pelo corredor.

-- Cadê o Baji? - disse a voz atrás de mim e eu me senti obrigada a olhar para trás. Virei devagar e me deparei com um rapaz alto, seu cabelo era preto, com algumas mechas loira, ele tinha lindos olhos, de uma cor meio que verde claro, havia uma pintinha embaixo de seu olho, no pescoço tinha uma tatuagem de um tigre e o restante se perdia dentro da blusa branca, ele usava uma camisa preta de mangas longas por cima, uma calça preta e um sapato parecido com uma pantufa preta, eu subi o olhar de volta pelo seu corpo e ele me olhava com uma expressão de ué, inclinou um pouco seu rosto para o lado.

-- Eai? - ele falou.

-- Eai o que? - perguntei completamente corada, desviando o olhar para o chão, depois de perceber que havia olhado ele dos pés a cabeça.

-- Baji? - ele disse, e só então me lembrei que ele havia feito uma pergunta.

 -- Ele está lá fora.

-- Tsc… - fez um som com a boca - aquele filho da puta - disse baixo, em seguida se virou e foi andando.

Eu fiquei completamente sem saber o que fazer e então o segui, ele parou em frente a uma porta que tinha o número cinco, entrou e deu passagem para eu entrar, era um quarto, tinha uma luz meio escura, as paredes eram cinzas, havia uma cama de casal com lençol branco, dois criados mudos um de cada lado da cama, com camisinhas e garrafa de água, do outro lado tinha uma porta que parecia ser um banheiro. Ao entrarmos ele trancou a porta e encostou as costas na mesma, dobrou uma perna apoiando o pé na porta, com as duas mãos no bolso, esse menino era muito bonito e tinha uma postura, eu estava ficando excitada só de o observar.

-- Você é… prostituta? - ele perguntou me olhando da cabeça até os pés, igual eu havia feito com ele momentos atrás.

-- O que? Não, eu…, eu sou amiga do Baji.

-- E o que está fazendo aqui? - perguntou olhando nos meus olhos, com uma expressão meio provocativa e intimidadora, eu não tinha muita opção, já que o meu trabalho ali era o presentear com meu corpo, e eu o achei atraente, decidi fazer aquilo da melhor maneira possível.

-- Hoje é o seu aniversário? - perguntei dando passos lentos em sua direção. Kazutora acenou que sim com a cabeça, respondendo a minha pergunta - então eu vou ser o seu presente.

Apoiei minhas duas mãos em seu peito e incline meu rosto em direção a sua tatuagem, o cheirei, ele tinha um cheiro muito bom, parecia ter acabado de sair do banho, eu passei a língua devagar pela tatuagem e dei um beijo molhado, senti Kazutora respirar fundo e soltar o ar pesado pela boca.