Capítulo 3

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Jogo meu cigarro já no fim no chão e piso, começo a andar ate a escola, hoje eu não estava tão mal humorada, afinal essa noite ia sair com Ethan, fazia tempo que não nos encontrávamos, estava com saudades daquele porco, na última vez nós tínhamos bebido a noite inteira e no fim da noite transamos para valer, não sei dizer quando começamos a ter essa relação de sexo e amizade mas só acontece, Ethan é meu melhor amigo mas também era um cara que fodia muito bem, acabou que viramos bons amigos. Adentro os grandes corredores da escola e percorro o caminho já familiar ate meu armário, abro o mesmo e vejo minhas aulas, pego os livros que irei usar nas primeiras aulas e vou em direção da sala de história

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Eu estou olhando fixamente para um ponto aleatório do quadro, o professor passa no meu ponto de visão mexendo suas mãos ao explicar seja la o que ele estava passando, na minha cabeça eu só pensava que essa noite seria incrível, e amanhã melhor ainda, e agora pensando sobre isso, eu não tenho roupa para isso cara, hoje preciso fazer compras urgente, acho que a ultima vez que comprei roupas para mim foi há uns três meses atrás, fora que minhas saias e vestidos que eu geralmente uso nas festas não são mais tão apertados como era antes, perdi uma quantia considerável de peso.

- E certamente a srt Leclarck pode nos dizer o porquê de esse número se relaciona com a coluna apresentada já que a mesma está tão atenta a aula. Me diga então o que você acha Leclarck

Olho para frente assustada por meu nome ter sido mencionado e rapidamente olho pro quadro a procura de uma ajuda, porra de professor - Bom, eu acho que... - escuto risadas distantes e apenas me concentro mais em sair dessa porra de situação, sinto uma bolinha acertar minha cabeça e apenas continuo ignorando

- Estou no aguardo Leclarck - o mesmo é interrompido com o som do sinal e eu juro que quase ajoelhei e agradeci a Deus

- Bom professor creio que agora infelizmente não poderei responder sua pergunta pois como o senhor sabe preciso ir - digo já em pé acenando com a cabeça para a porta - vejo o senhor por ai - pego minhas coisas e saio um tanto rápido da sala já indo em direção do meu armário, que quando chego solto um suspiro de alivio, jogo minhas coisas dentro do mesmo e pego meu livro já me direcionando em direção do refeitório.

Pego uma bandeja e vou me servindo do que tinha ali, nada que me de muita vontade, mas não tão ruim, pego meus talheres e vou em direção de uma mesa no fundo do local, fora de vista de qualquer um insuportável, porém, como tudo que é bom dura pouco, Kyle me para no meio do caminho, entrado na minha frente com um sorriso debochado

- Olha só quem está aqui, a nossa amada puta golpista - eu apenas olho para seus malditos olhos azuis claros, completamente frios e vazio, não, tinha algo ali, solidão, era claro. Totalmente opostos dos olhos azuis escuros de Will, quentes e receptíveis, eles eram isso, completos opostos - Será que você desaprendeu a falar Lira? Chupou tanto alguém que perdeu a fala? Estou falando com você caralho - Ele então bateu na minha bandeja a jogando para o chão, a comida se espalhando por todo o chão, pequenos respingos em minha bota, eu levanto meu olhar lentamente do chão até o seu rosto

- Estou começando a achar que você é um puta fracote... Se intimida tanto com uma garota qualquer como eu Kyle? Tem medo de mim? O que você mais tem medo? Eu seduzir seu pai? Ou eu seduzir você? Oh já sei, você tem medo de eu seduzir os dois ao mesmo tempo e tirar todo o dinheiro de vocês não é mesmo? - Nesse momento o refeitório já era puro silencio, podendo ser escutado somente eu e Kyle, que parecia ser os únicos a continuar respirando

- Não se iluda Lira, nunca perderia meu tempo com uma puta qualquer que abre as pernas para o primeiro rapaz que lhe da um oi, pode ter certeza meu pai procura bocas e bucetas melhores em lugares melhores, e não vai ser na porra de uma fingida órfã que vive se fazendo de coitadinha pelos cantos, você é desprezível e nojenta Leclarck - o mesmo pega o livro que estava em minhas mãos e o joga longe, as palavras dele machucaram, e doeram, mas eu não ia demonstrar isso, não, nunca, não para esse pedaço de merda na minha frente

the void you occupyOnde histórias criam vida. Descubra agora