Percy Jackson: O filho de Tártaro

Capítulo 22 - Fosso da morte

Pov Percy:

Seguir os semideuses até Los Angeles não foi nada fácil. Eles pegaram um táxi que saiu tão rápido daqui, que até agora estava pensando se isso era realmente possível. Eu poderia ir até Los Angeles criando um vórtice, mas tinha que reservar energias para fazer isso até o Mundo Inferior, já que bem, eles me descobririam se eu passasse pelo guarda de Hades.

A melhor solução do momento seria pedir ajuda à ela. Precisava ter esperança que ela atenderia.

" Mãe? ". Chamei mentalmente. " Você poderia me ajudar criando um vórtice até Los Angeles ? ".

Enquanto minutos em silêncio se passavam, você deve estar se perguntando como posso falar assim com minha mãe. Era um poder que apenas eu tinha com ela e com meu pai, que dava certo por conta de nossa conexão, eu ainda não o tinha dominado por completo, mas espero que dê para ela receber a mensagem.

Notei que tinha dado certo quando um vórtice negro apareceu em minha frente. Eu sabia que essa missão era minha e que eu não podia abusar do poder dos meus pais, eu tinha que cumprir minha vingança por conta própria, mas não podia negar que era bom receber um ajuda de vez em quando.

Entrei no vórtice e antes que pudesse sequer pensar em algo, já estava em Los Angeles. Mais especificamente na frente de um estúdio de gravações, os semideuses ainda demorariam a chegar, um táxi não era tão rápido quanto um vórtice que te leva exatamente onde você quer chegar. O jeito era esperar.

Me escondi em um beco próximo para me esconder e depois de algumas horas os semideuses apareceram. Eles pareciam estar com uma energia positiva, o que eu não esperava de maneira alguma. Entrar no Mundo Inferior era algo mortal. Mas talvez fosse apenas impressão. Notei que a mochila com o raio estava nas costas de Grover, minha suposição de que ela fosse mágica estava certa.

Eles entraram no estúdio de gravações enquanto eu me aproximei para saber o que seria dito. Um homem que eu não reconhecia a voz começou a falar:

- Oh, novos defuntos, o que eu posso fazer por vocês? - Pude sentir os semideuses reprimirem a surpresa do momento.

- Queremos ir para o Mundo Inferior. - Disse Mark.

- Já começa assim direto garoto, sem nenhum por favor senhor Caronte. - Disse o homem.

- Queremos ir para o Mundo Inferior, senhor Caronte. - Disse Annabeth.

- Melhor assim. - Disse Caronte. - Mas ninguém passa sem me pagar antes, e como vocês são tão jovens, imagino que não tenham nada a oferecer. Uma pena, terão que ficar aqui até eu ser piedoso com vocês.

- Nós temos dinheiro. - Disse Grover colocando algumas moedas na bancada. Pude supor que fossem dracmas. Eles devem ter conseguido alguns antes de chegarem aqui.

- Interessante, isso são dracmas. Vocês... - Começou a dizer Caronte enquanto o disfarce dos semideuses caia. - Vocês não estão mortos.

- Não. Mas precisamos ir para o Mundo Inferior para falar com Hades. - Disse Annabeth. Sua voz estava determinada.

- Não levo pessoas vivas. - Respondeu Caronte. Droga, se os semideuses não conseguissem entrar, minha missão estaria acabada.

- É caso de vida ou morte. - Retrucou Annabeth. - Nos leve até lá e pagaremos até mais do que esses dracmas tem a oferecer.

- Vocês são bem determinados, não? - Disse Caronte. - Tudo bem, se querem morrer cedo assim eu os levo lá, mas quero o pagamento a mais que você disse garota.

Isso me deixou aliviado, o plano ainda estava de pé. Decidi dar uma olhada para ver aonde os semideuses estavam indo.

Eles seguiam Caronte até uma porta de elevador, enquanto diversos espíritos que permaneciam na sala perambulavam inquietos por todos os lados, eles iam até Caronte que os repreendia. Ver todas essas pessoas mortas nessa sala, sem ter um destino após morrerem quase me fez sentir pena. Quase.