Como Andam os mortos

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     Segunda feira, chovia forte, olhei o relógio e ainda eram 5 da manhã, eu precisava levantar, não conseguia dormir, as fotos giravam na minha cabeça todas elas, os arranhões  os cortes o sangue, o sangue vivido e escarlate, ela era tao linda, uma pele tao macia, uma jovem tão educada, me lembro de ter visto ela algumas vezes como garçonete na lanchonete do Jack, Kate evans tinha apenas 19 anos, era uma jovem brilhante, e tinha sonhos, sonhos como eu tinha, ela foi encontrada morta em uma cabana na floresta atrás da cidade, depois de dias de busca nos arredores apos a mãe achar estranho Kate não ter voltado pra casa depois do trabalho na Quinta,
eu precisava investigar o caso, mais me perguntava como alguém odiava ela a ponto de matá-la a sangue frio assim, Kate era uma jovem doce e ninguém demonstrava um odio absurdo assim, não naquela cidade, dias antes da sua morte,
houve uma mudança para a cidade, a chegada de uma senhora viúva chamada Lady Katherine Kouris, de acordo com o pessoal da cidade ela vinha de uma familia rica do norte da Europa, uma jovem senhora de eu diria uns 36 anos, Comprou a casa do alto da colina, ninguém mais soube informações sobre ela,
era uma pessoa um pouco estranha, não a viam sair de casa dia nenhum, sua casa estava sempre fechada e silenciosa, ela era um mistério  a ser desvendado, mais eu precisava focar no caso de assassinato de Kate Evans.
     Após um longo banho e um café reforçado, fui ate a delegacia pegar o resto da papelada
- Detetive Harris, preciso falar com você.
Era o Chefe de policia Senhor Clinton.
- Bom Dia Chefe.
Ele me abriu passagem para o escritório, esperou que eu entrasse e fechou a porta.
- Parece que não conseguiu dormir direito?
Ele sentou atrás da escrivaninha e continuou a falar.
- Os detalhes do legista sobre o caso da garota estão aqui, Foram encontrados sinais de enforcamento e DNA de dois suspeitos, aí também estão a ficha criminal dos dois, preciso encerrar logo esse caso Detetive, você tem um novo caso na sua mesa, alguma dúvida?

Balancei a cabeça em negação, e levantei junto.
- Obrigada Chefe, por me dar o caso, tenha um Bom dia.
  Ao sair da sala, percebi que a delegacia estava quase vazia, as mesas limpas e tranquilas, fui em direção a minha mesa e escutei dois policias cochichando

- Ela e aquela detetive que teve afastamento por causa dos problemas de cabeça?
- Sim e ela mesma, disseram que ela e meio doida, no último caso ela disse que haviam pessoas na mesma floresta onde a garota foi encontrada fazendo um ritual, depois disso o chefe demorou muito pra dar um caso pra ela,
como ela consegui esse eu não sei.

      Peguei a papelada da minha mesa e segui em direção ao meu carro, o clima frio e pesado da cidade deixava tudo mais ruim, eu precisava de um café, o dia ia ser bastante longo.