Epilogue

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Alice estava em um local que parecia uma pequena vila. O lugar possuía algumas construções rústicas e era bem organizado. Centenas de árvores rodeavam a região e o clima primaveril deixava tudo mais agradável. Algumas pessoas praticavam Tai Chi próximas de um lago. Em uma clareira localizada no lado oposto, outros empunhavam suas katanas de lâminas reluzentes para começar mais uma prática de Kenjutsu.

Ela caminha com os pés descalços, sentindo a grama tocando sua pele com suavidade. Alice respira fundo e sente o ar puro invadir seus pulmões, enquanto cada átomo de seu ser absorviam aquela tranquilidade. A garota levanta a cabeça e vê no alto de um monte uma construção grande, imponente e gloriosa. A Stark poderia jurar que se tratava de um local sagrado. O único acesso a ele era através de uma longa e estreita escada. Apesar de não saber ao certo quantos degraus havia, ela chutava que fossem cerca de uns duzentos.

Alice admira a bela construção por um tempo. Os raios solares que tocavam as paredes claras e a abóbada de vidro central deixavam a construção ainda mais reluzente e esplêndida. A vista era de tirar o fôlego, e a garota poderia ficar ali apenas admirando-a por incontáveis horas. A Stark se sentia atraída pelo lugar, era como se estivessem lhe chamando.

Ela começa a caminhar, disposta a subir aquela longa escada, pois sentia necessidade de se aproximar do templo. Até que seus pés são puxados e no segundo seguinte ela está no fundo do oceano. Alice sente a água salgada invadir seus pulmões, e o desespero toma conta de si. Ela tenta nadar até a superfície, mas algo puxava seus tornozelos cada vez mais para baixo. Até que vê um ser de pele azul, que possuía olhos e cabelos escuros. Tal criatura se aproxima e sussurra.

- Vá para Niacarpo.

A garota acorda de sobressalto e senta na cama, puxando o ar com força. Ela passa as mãos no pescoço, sentindo uma grande agonia. Tony, que estava sentado em uma poltrona, se aproxima da irmã e senta na beira da cama, abraçando-a e fazendo carinho nos cabelos dela.

- Ei, tá tudo bem. Eu estou aqui com você, Lily. - Tony sussurra enquanto continua afagando os cabelos da irmã.

Alice abraça o irmão com força, era praticamente um pedido silencioso para ele ficar ali e nunca a deixe. Tony continuava acariciando os cabelos dela, e com a quietude do cômodo era possível ouvir a respiração da Stark, que ia se tranquilizando lentamente. O mais velho se afasta um pouco, apenas para fitar o rosto dela.

- Como você está se sentindo? Sente alguma dor? - Tony pergunta com preocupação.

- Eu estou bem. Não sinto nenhuma dor. - Alice faz uma pausa e olha para o irmão com curiosidade. - O que aconteceu depois de...

- Consegui te levar para o hospital, mas você estava muito mal. Os médicos já me preparavam emocionalmente para o pior, porque a sua situação era irremediável. Mas umas quatro horas depois você estava milagrosamente curada. Não tinha hemorragia, ossos quebrados, hematomas, nada disso. Eles queriam te deixar lá por mais tempo e estudar o seu caso, porém não permiti. Então te trouxe para casa. Porém, tem algo que preciso te contar.

- Pode falar. - Alice diz com certo receio.

- Quando chegamos aqui, notei haver algo diferente com a sua mão esquerda, tinha algo muito errado com os seus ossos e não era difícil de notar. A Doutora Pellegrini fez um raio-x e descobriu que os ossos de sua mão não haviam se unido da forma correta. Alguns deles permaneceram muito triturados. Donna modificou nanopartículas de Vibranium, injetadas em sua mão. Elas se direcionaram aos seus ossos, reagruparam os pedaços em seus devidos lugares e revestiram o tecido ósseo de sua mão.

Fatal UncertaintiesOnde histórias criam vida. Descubra agora