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Acho que quando você decidir fazer um intercâmbio é porque acha que é super responsável e maduro. Ah sim, claro! Que não né! Meu Deus que bendita ideia eu tive.
Pra quem não sabe quem eu sou, sou Dylan Thompson, tenho 21 anos e sou o filho mais velho (e lindo, óbvio) de Wanda e Simon Thompson, os maiores empresários no ramo alimentício dos EUA; eu tenho outros dois irmãos, Henry de 17 anos e Olívia de 14; sou aquele tipo de garoto que faz tudo para agradar os pais. Tanto que faço Medicina por escolha dos próprios.
Moramos em Washington; a mais ou menos uns seis meses, eu e meus melhores amigos Adam Sanders e Becky Fisher, teve uma ideia brilhante de fazer um intercâmbio para a nossa "cidade dos sonhos". Paris na França é incrível, além de ser a cidade do amor, é também a quarta no ranking das melhores cidades para se fazer um intercâmbio.
Mas quando nós obtivemos a ideia, não sabíamos que era tão trabalhoso. Ter que encontrar e refazer muitos documentos. Não é fácil não! No momento, aqui sentado em minha escrivaninha, penso e repenso nessa ideia de viagem para estudar, quando alguém bate na porta. Na hora já sabia quem era, só tem uma pessoa nessa casa que respeita a minha privacidade, e essa pessoa é minha irmãzinha mais nova. Olívia entra no meu quarto quando eu respondo afirmando seu pedido. Por um momento achei que teria entrado só por diversão para abrir e fechar uma porta, mas ela logo se manifesta:
- Mamãe pediu para você descer - a garota disse - Ela disse que teremos macarrão ao molho branco para o jantar.
- Ok, vamos descer então. Vai vir comigo? - pergunto a ela.
- Não, ainda não. Tenho que chamar Henry - responde ela.
- Deixa que eu o chamo, esse aí só liga pro videogame, isso é uma das minhas muitas qualidades, sei fazer Hen sair da frente da televisão - digo para ela que logo dá uma leve gargalhada.
- Ok então, vou descer, te vejo lá em baixo - diz já descendo as escadas.
Se eu acabar realmente fazendo esse intercâmbio, acho que sentirei muita falta dessas conversas engraçadas e curtas que tenho com Olívia. Minha irmã não é uma pessoa mais aberta do mundo. Acho que de nós três, ela é a mais fechada com tudo e todos à sua volta. Olí é uma pessoa de poucos amigos, e os que tem são como ela, super inteligentes. Já Henry é o palhaço, faz amigos com uma facilidade que é de se invejar, mas também não é a pessoa mais inteligente da família, vive pedindo ajuda com suas lições para Olívia, mas no final sempre acaba indo bem no colégio. Só quero ver como vai se sair no SAT ano que vem, mas seu único defeito é esse seu lado mais gamer. O menino ama jogar um bom jogo de videogame, as vezes jogo junto, mas isso é bem raro, normalmente quando eu não tenho nada para fazer. Já eu sou o calmo adoro um cineminha, mas também gosto de sentar em minha mesinha e estudar sobre coisas aleatórias, sou uma pessoa muito eclética; estava na porta do quarto de Henry, bato três vezes para indicar que era eu e não mamãe, papai ou Olí. Quando ele responde minha pergunta abro a porta do quarto e o encontro procura e pelo que percebo, pensando. Logo pergunto:
