Maldito cérebro!

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A pior sensação é dormir pensando na pessoa, naquela que mexe com todo seu eu interior, que manda no seu coração.
É engraçado como falamos sobre o coração. Ele é só um órgão, não acumula sentimentos. Ele é também, chamado de culpado, pelo amor, quando na verdade, é o cérebro. O cérebro quem guarda todos os pensamentos, lembranças, saudades, ódio, amor, vontades e desejos. E eu sou dona desse maldito (me desculpe pela palavra, mas foi necessário usá-la) órgão, que morre de amor por você e ao mesmo tempo te odeia. Eu te quero por perto e também a quilômetros de distância. Quero acordar ao seu lado todos os dias, mas amo ficar sozinha. Amo poder sair e me sentir livre, porém sinto falta de segurar na sua mão. Vivo intensamente e sinto uma intensa saudade. Converso com vários outros caras e nem me lembro da sua existência, mas de repente, não quero nada com ninguém, além de você.
Adoro a noite e a odeio por ser amiga da carência, e a carência por ser amiga da necessidade, que é automaticamente, sua amiga.
Aquele vazio amável e terrivelmente odiável (sei que ódio é uma palavra muito forte e tenho a usado com muita frequência, mas, ela se encaixa perfeitamente aqui) fica sempre que você sai, vai dormir, se banhar, jantar, enquanto eu, bom... eu fico te esperando. Geralmente as pessoas fazem isso, esperam. Outras já abrem mão de primeira. Sobre eu, bem, vamos supor que eu abri mão de você uma vez, uma só. Quando vi que já estava mais feliz com outra garota, que eu não era mais necessária na sua vida. E do nada, aqui estou eu, te esperando de novo. Porque você voltou, e me deixou com o celular ligado, aberto na nossa conversa, lendo e revivendo tudo que falamos e imaginando, o que talvez, algum de nós tenha deixado de falar.
É necessário esperar e deixar com que tudo se encaixe perfeitamente em seu devido lugar, perto ou longe, amando ou odiando, com ou sem necessidade.
Enfim, estou te esperando, não esquece.

- Nicole dos Anjos.

Apenas mais uma de amorOnde histórias criam vida. Descubra agora