capítulo 8

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Pov: Stiles.

Atualizações.

Estou na casa do Eddie a exatos 3 dias, eu sei era pra ser no máximo 2, mas eu me confundi com esse negócio de emprego.

O emprego, não era oque eu pensei que fosse.

Não é pra detetive, é para aprendiz de detetive, ou seja, eu tive que enviar o meu "currículo" e torcer para que o detetive aceitasse me orientar.

Graças a Deus, ele aceitou.

Eu vou ser aprendiz do detetive Espinoza. Dan Espinoza.

Mas mesmo não sendo um cargo para detetive, minha animação permanece. Assim como minha decisão de não ver meus pais.

Eu sei que deveria parar de chamar eles assim e eu juro que já tentei, mas chama-los de Coringa e Harley Quinn, parece tão errado.

Eddie disse que eu só preciso de tempo, que eu vou me acostumar com a ideia de conversar com eles e com o tempo, parar de chama-los assim.

Claro que Venom deu o concelho contrário, mais especificamente, falou que eu era um fraco por não conseguir fazer algo tão simples.

Obviamente a gente caiu na porrada, mas já estamos bem.

Não vou mentir, estou com saudades.

Saudade de casa.

Saudade dos meus pais.

Saudade do Lou e do Bud.

Saudade da época em que tudo era fácil.

Chega, vou acabar entrando em depressão assim. Vamos voltar pro momento presente.

Eddie está tomando banho, enquanto estou comendo. Daqui a 2 horas ele vai me levar até o aeroporto.

Então eu vou começar a minha nova vida. Uma vida que vai durar só alguns meses.

Só que por mais que eu queira ir e esquecer daqui por um bom tempo, não posso ir sem vê Lou e Bud antes.

Aproveito que Eddie esta no banho e escrevo um bilhete, falando que volto antes do horário de irmos.

Troco de roupa e pulo por cima dos prédios, tomando cuidado para que ninguém me veja, principalmente os vilões.

Chego em casa e estudo o lugar, antes de começar a passar pelos guardas, uso passagens, as sombras e as artimanhas que aprendi com a mulher-gato, andar sem fazer barulho.

Entro pela janela do meu quarto com o máximo de cuidado possível, para aterrissar em completo silêncio.

Me assusto ao ver algo na minha cama, na verdade, alguém.

Minha mãe parece estar em um sono profundo e calmo, enquanto abraça a raposa de pelúcia que sempre fica na minha cama.

Essa raposa foi o primeiro presente que eles me deram, na época Harley disse que ele iria me proteger dos pesadelos. Me proteger quando eles não pudessem.

Foi a única coisa que me deu paz nas noites em que eles saiam e eu tinha pesadelos. Além do Bud e do Lou, é claro.

Me aproximo cuidadosamente, vejo que a maquiagem da Harley está borrada, a luz que entra pela janela reflete em seu rosto, deixando o rastro de lágrimas brilhando.

Fico tentado a passar a mão ali e limpar seu rosto, eu sempre odiei vê-la chorar.

Minha mão coça para pegar a raposa e levá-la comigo pra Los Angeles, mas eu sei que do mesmo jeito que ela me deu apoio, neste momento este pequeno item, também está dando para Harley.

Um Belo Pecado.Onde histórias criam vida. Descubra agora