18 - risco por mim.

706 38 0
                                    

pov: nina

era minha vez, eu não tenho problemas com altura.

alan tinha me ajudado a equipar era só descer.

fiz uma contagem mental, 1..2..3..

saltei. desci. rompeu. caí.

CAÍ?

pov: daniel

nina desceu tranquilamente, gritando um pouco por sinal de adrenalina.

de repente, um splash se ouviu, a corda rompeu. como uma corda tão forte como aquela rompeu?

não pensei, saltei para o rio.

ouvi muita gente gritando e algumas fazendo "oo" de medo.

não encontrava nina em nenhuma parte, desci mais um pouco.

pov: nina

ainda bem que eu sei nadar e rapidamente voltei ao cimo, porém as expressões das pessoas não pareciam nada aliviadas.

no espaço de tempo em que olhava em volta e pensava porque todos estavam ainda preocupados, mesmo vendo que eu estava ótima, ouvi alguém gritar o nome de daniel, e entretanto reparei que ele não estava entre os restantes, como de antes.

se aquele menino fez o que eu penso que ele fez.

olhei para valeria, a mesma apenas assentou com a cabeça.

daniel tinha mergulhado.

olhei rapidamente em volta em sua procura.

não o encontrei.

mergulhei fundo para o procurar.

pov: daniel

fui tão fundo que não via quase mais nada, o rio era fundo porém pequeno em comprimento. olhei para cima e entendi que estava muito, mas mesmo muito longe do topo, percebi que estava ficando sem ar, fui o mais rápido possível para o topo, comecei a perder forças e rapidamente parecia que estava indo mais para baixo que o normal, comecei a ficar meio zonzo até que sinto algo me puxando pelo braço.

pov: nina

agarrei um braço. a não ser que outro maluco se tenha atirado neste rio para salvar alguém que não estava em perigo e que tenha morrido aqui, estava quase certa de que se tratava de daniel.

usei o ar restante e as minhas forças para o puxar à superfície.

cheguei rapidamente ao topo, ofegante. entretanto alan saltou para me ajudar e levou daniel, que não parecia inconsciente, apenas desorientado.

vi valeria com uma toalha, assim que sai da água ela correu e me envolveu nela me abraçando forte, logo de seguida me empurrando para as cabines onde dormimos.

"vou ver se o senhor campos consegue arranjar chá. você está cheia de frio. como o puxou para cima? você está bem? nina?" ela me encheu de questões.

todas estas perguntas eram irrelevantes de momento, só estava preocupada em olhar para ver se daniel estava bem, porém já estava fora de vista.

aquilo foi um risco, mas foi um risco por mim.

carrossel : novos começos. [daniel zapata] Onde histórias criam vida. Descubra agora