Parte I

97 3 0
                                    

Todos aqueles que tentam desvendar o mistério do ser de Hitler falham na compreensão da sua maldade e desumanidade, há quem diga ter sido por crescer sem pai, outros largam as culpas na guerra que viu os países perdedores cair em desgraça, mas todas essas afirmações estão equivocadas, como tudo na vida, a sua realidade, a sua maneira de ser está assente num desgosto amoroso, um desgosto que pode e irá explicar toda a segunda guerra mundial.

Comecemos pela paixão, Viena 1919, Hitler, um jovem rapaz artista que tentava ganhar a vida vendendo os seus quadros acabara de se candidatar à faculdade, um pouco mais tarde que os outros jovens, mas a guerra tinha-o impedido de continuar o seu sonho. A única paixão que se mantivera antes e depois da guerra foi pela sua fräulein Hanna, uma rapariga judaica de olhos castanho cor de mel e cabelo curto cor de carvão, os olhos idênticos à beleza do nascer do sol e o cabelo tão belo como a noite serrada nas montanhas alpinas. Hitler e Hanna conheciam-se desde as suas infâncias, Hitler nunca foi um rapaz problemático, tal como Hanna, uma boa menina judia não se metia em problemas. Cresceram juntos, amaram juntos, e viviam juntos no ano de 1919 na cidade de Viena. Uma cidade linda que se encontrava inundada no caos da guerra. Hanna trabalhava numa padaria perto do centro da cidade, enquanto Hitler ficava em casa a pintar e a desenvolver a sua ideologia política de como resolver a crise em que os países perdedores se tinham fixado.

No entanto esta obcecação falhada de Hitler pela pintura custou-lhe diversas coisas, nunca conseguiu entrar na faculdade de artes, nunca conseguiu ter sucesso de pintor, nunca conseguiu sequer vender os seus quadros, mas consegui afastar Hanna de sua vida. Raramente falava com ela, embora ambos ainda vivessem juntos, sentado na sua secretária Hitler perguntava pelos seus pincéis e como poderia usá-los para conquistar o mundo, das artes isto é. Toda esta obsessão levou à queda de Hitler. Numa última tentativa de mostrar ao mundo artístico o seu verdeiro valor pediu a um transeunte aleatório para modelar para ele, para sorte de Hitler este cavalheiro aceitou.

Passado um mês, Hitler voltou à academia, com o seu quadro, a sua obra de arte, a representação de um jovem Georgiano, de cabelo curto, olhos castanhos, e uma semi-barba de jovem, apesar do Georgiano ser quarentão. De lenço ao pescoço e casaco castanho, tinha um ar de ferro, de quem conseguia conquistar a europa do leste. Tudo isto, representado na pintura de Hitler, um quadro de sentimentos, emoções e culto à imagem. Mas mesmo assim, Hitler foi rejeitado da academia e o seu sonho de ser pintor caiu a seus pés.

Não caiu apenas a sua vida académica, mas também a sua vida pessoal. Nevava na cidade e Viena, abatido e devastado Hitler arrastou-se até casa, onde Hanna estaria à sua espera com uma sopa capaz de derreter a neve russa com o calor do amor de Hanna que tinha feito a comida. Entrou no seu prédio, subiu as escadas, e antes de colocar a chave na porta verde de madeira da sua casa ouviu gemer, mas... dentro de sua casa? Só podia ser Hanna, mas como, ocorreu de imediato a Hitler, Hanna estava a ser assaltada!! Tentou meter a chave na porta mas os gemidos iam-se intensificando mais e mais, Hitler estava a ficar nervoso, não conseguia meter a chave na porta, mas lá acompanhado com os gritos de Hanna conseguiu abrir a porta. Hanna não estava na pequena sala que se juntava à cozinha estabelecendo o intermédio entre as duas como a sala de jantar, Hitler avançou lentamente com medo em direção aos gemidos, que vinham de seu quarto, passos pesados de quem tentara avançar na neve de inverno mas ficou sem mantimentos, chegou ao pé do quarto e ao abrir a porta ouviu um alto gemido final "OH ESTALINE". Hitler ficou chocado com o que vira, ninguém se atrevia a respirar, os olhares de Hanna, Estaline e Hitler cruzaram-se todos, com ar de interrogação, então e agora? Hitler saiu de rompante para a sala e Hanna saiu de baixo de Estaline em direção a Hitler.

Hanna pediu de joelhos para que Hitler a perdoasse, mas este rejeitou, Estaline que saíra do quarto encarou Hitler nos olhos tentando se explicar, mas Hitler nada queria ouvir, praguejou, afirmou com toda a certeza que um dia Estaline ia pagar, e que nunca iria amar ninguém como amou Hanna. Saiu de casa pela última vez, nunca mais voltou a ver Hanna, no entanto... iria uns anos mais à frente encontrar Estaline.

A Verdadeira História da 2ª Guerra MundialOnde histórias criam vida. Descubra agora