único.

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sábado, 15:34 PM.

Sarah pegou sua bolsa e a ajeitou sobre o ombro esquerdo antes de sair de sua sala, se certificando de que tudo estava desligado e fechado. Ela amava trabalhar no Banco Central de Campina Grande, e saber que era a gerente fazia seu ego inflar a ponto de querer explodir.

Sarah Andrade era uma pessoa prepotente, arrogante, possessiva, inteligente e maravilhosa. Seus maiores prazeres eram ter aquela maravilhosa sensação de poder; poder mandar em quem quisesse. E o melhor; ver o medo e submissão gritarem nos olhos e nas atitudes das pessoas que trabalhavam dentro daquele Banco sempre que ela passava. Ela era uma mulher que nunca, em hipótese alguma, abaixava a guarda.

Exceto para uma pessoa. Mas ninguém precisava saber disso.

- Jesus, eu sinto quando você está por perto apenas por conseguir sentir de longe a sua bolha de arrogância. - Roberta disse começando a andar ao lado da loira até o elevador. Sarah sorriu de canto com uma das - bem-feitas - sobrancelhas arqueadas.

- Ora, Robs, isso é bom. Assim não preciso perder meu tempo em ficar te esperando. - Sarah respondeu apertando o botão do térreo e encarando sua única amiga dentro daquele lugar.

- Idiota. - Roberta revirou os olhos e Sarah se olhou no espelho do elevador, ajeitando seus cabelos e vendo se sua maquiagem estava impecável. Linda como sempre. Pensou a loira, sorrindo para o seu próprio reflexo.

- Eu sou linda, não sou, Robs? - Sarah perguntou alisando seu próprio rosto. A morena bufou e se encostou na parede metálica do elevador.

- Narcisismo é mais uma de suas características agora? - Roberta perguntou e a loira a encarou com um olhar divertido. - Sim, Sarão, você é linda.

- Estou apenas brincando com você, Robs. - Sarah disse indo até a amiga e a abraçando. - Está preparada para mais tarde?

- Depois de tanto Thais e Carla falarem? Estou mais do que pronta. - Roberta responseu fazendo a loira rir. As portas do elevador se abriram e Sarah voltou a sua postura arrogante de sempre. - Soube que seu carro está na oficina, quer carona?

- Não, obrigada. Vou pegar um táxi.

- Tem certeza?

- Sim, Robs. - Sarah passou pela porta quando o segurança a abriu. - Te vejo mais tarde.

- Até, Sarão. - elas trocaram um breve abraço e a loira acompanhou os passos de sua amiga até o estacionamento.

Sarah se virou e começou a caminhar pela calçada, olhando para os dois lados antes de atravessar a rua e se dirigir até o ponto de taxi que ficava ali. Havia apenas um carro parado, então a loira apressou um pouco seus passos, tomando cuidado para não pisar em alguma pedra no asfalto e quebrar seus caríssimos saltos. Ela parou ao lado do carro e bateu duas vezes no vidro escuro, vendo-o se abaixar lentamente e revelar a bela motorista que estava ali dentro.

- Pois não? - a taxista perguntou encarando discretamente o corpo de Sarah por trás dos óculos escuros.

- Está vago? Ou está aqui esperando alguém? - Sarah perguntou segurando firmemente a alça de sua bolsa. A taxista abaixou os óculos até a ponta de seu nariz e encarou novamente o corpo da loira, só que dessa vez com mais clareza.

- Oh, não, está vago. Pode entrar, senhorita. - ela respondeu ajeitando os óculos e sorrindo largamente.

- Obrigada. - Sarah disse abrindo a porta do banco traseiro e entrando no carro rapidamente. A taxista a encarou pelo espelho retrovisor e ligou o carro.

- Qual o destino, senhorita...?

- Andrade. Sarah Andrade. - a loira respondeu prontamente, se ajeitando no banco.

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