Capítulo 1: Reunião na Empresa Zenin

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Era uma sexta-feira e Jade estava sendo consumida pelo tédio durante uma reunião que seu pai, um dos sócios da maior empresa de Nova Iorque, a Empresa Zenin, lhe convidou para participar.

Não que ela não achasse bom para o seu currículo de futura profissional de comércio exterior estar participando daquela reunião, aquilo era muito bom para seu próprio benefício e a mulher sabia disso, mas seu foco ao terminar de estudar não era armas brancas e de fogo assim como era o da empresa, e sim o comércio internacional, como o próprio nome do curso diz.

Mas como tudo tem um lado positivo, pelo menos Jade acreditava que sim, deixou o pensamento negativo de lado e esboçou um fino sorriso ao ver que Toji Fushiguro – um dos sósios mais queridos de seu pai – lhe fitava com seus olhos verdes e afiados.

Com seu celular em mãos, desbloqueou a tela e começou a navegar pela sua galeria, procurando a foto que havia tirado de sua lingerie rendada de cor vermelha. Mordeu a ponta da unha arredondada quando achou a bendita foto e não perdeu tempo para enviá-la ao homem à sua frente pelo aplicativo de mensagens depois de uma mensagem escrita.

[Jade]: está me olhando tanto... quer uma foto?

[Jade]: [foto]

Toji sentiu o bolso direito de sua calça vibrar, e como pouco se importava com a proposta que Nanami Kento estava dando sobre como aumentar os percentuais financeiros da empresa, retirou o aparelho do bolso e clicou em uma das inúmeras conversas presentes na barra de notificações, na bendita conversa.

Ao ver o que era, o homem cruzou as pernas e lhe direcionou um olhar repreensivo. Não que ele não havia gostado do que viu, aquela era uma das visões prediletas dele. Mas não naquele momento e nem naquele ambiente.

Jade desviou a atenção para a tela de seu celular novamente, ainda sentindo o olhar afiado do Fushiguro em si e enviou um vídeo seu em um momento íntimo, fazendo o homem guardar o celular no bolso e passar as mãos no rosto, respirando fundo e ouvindo as palavras de Kento ecoarem em sua cabeça.

A voz de seu pai chamou sua atenção, a fazendo bloquear a tela do celular rapidamente e arrumando a gola de sua camisa social, olhou para o homem ao seu lado.

— O que foi, papai?

A dona dos cabelos pretos não pôde deixar de notar um sorriso ladino aparecendo no rosto do Fushiguro assim que aquelas palavras saíram de sua boca no tom de voz mais suave e inocente que conseguiu projetar. O motivo daquela reação era claro para ambos, em outras circunstâncias, ela estaria o chamando por um apelido parecido.

— O que você acha, amor? – seu pai lhe olhou com um certo tom de preocupação, percebendo que a mais nova não estava muito atenta à reunião.

— O que eu acho? – murmurou para si mesma, erguendo os olhos para os inúmeros papéis que Kento havia distribuído pela longa mesa retangular feita de madeira.

Presentes nas folhas, haviam gráficos de todos os tipos, vários esboços de armas e um contrato para assinar. A morena olhou de relance para Nanami, sócio da empresa Gojo, que há anos tentava fazer um acordo com a empresa Zenin, e Ijichi, que também estava presente na sala e era representante do futuro dono da empresa Gojo, Satoru Gojo.

Analisando o que tinha em mãos, mordeu o lábio inferior, frustrada por saber que aquele acordo beneficiaria Satoru de alguma maneira, mas também tinha o conhecimento de que a assinatura daquele contrato seria de extremo benefício para a empresa na qual seu pai era sócio.

𝐀𝐬 𝐞𝐬𝐭𝐫𝐞𝐥𝐚𝐬 𝐭𝐚𝐦𝐛𝐞́𝐦Onde histórias criam vida. Descubra agora