Capítulo 8

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CHUPA QUE EU VOLTEI

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POV Katniss Smith

Estacionei o carro na frente da grande mansão Mikaelson. Era impecável. Tinha um ar mais rústico, o que eu adorava. A faixada tinha algumas rachaduras e esfolados, e a pintura meio desgastada, o que dava pra entender que era bem antiga.

Fechei a porta do carro e fui em direção a grande porta de entrada. Nem precisei tocar a campainha, fui atendida por uma moça loira, alta e muito linda, parece que todos os Mikaelsons são lindos, acho que é genética.

-Olá, você deve ser Katniss, não é? Amiga da Hope. -A moça se pronunciou, acho que Hope deveria ter contato sobre mim para sua família, o que era óbvio, mas me deixou mais nervosa do que eu já estava, se fosse possível.

-Sim, sou eu mesma. -Falei com a voz trêmula, era visível o meu nervosismo.

-Sou Rebekah, tia da Hope. Estávamos todos ansiosos pela sua chegada. Vem, entre, já está tudo pronto. -Ela disse em um tom doce. Duvido que os Mikaelsons fossem assim com qualquer pessoa, o que dava para entender que ela confiava em mim, ou simplesmente me achava inofensiva, o que não estava errado. Quem sou eu perto dos Mikaelsons? Dos vampiros originais? O que eu poderia fazer contra eles? São quase deuses.

Fiz o que Rebekah mandou, quando entrei, deparei-me com um lindo salão, com grandes poltronas vermelhas no meio, uma escada no canto, que dava acesso ao segundo andar, que era um corredor imenso com várias portas, ramos de flores vermelhas enfeitavam o ambiente. Nas paredes, havia belíssimas pinturas penduradas, já desgastadas, o que dava a entender que eram antigas. Aquele lugar cheirava a sangue fresco e bebida, e a decoração em vermelho dava um toque rústico á aquele salão.

Rebekah guiou-me até uma outra sala seguinte do salão. Era uma sala de jantar, com Hope e o que eu acredito ser toda a família Mikaelson diante de mim.

O lugar tinha o mesmo estilo de decoração que o salão, diversos toques em vermelho, os ramos de flores, o estofado das cadeiras, a toalha da mesa, com toques em dourado, as louças igualmente douradas, brilhavam como ouro. O cheiro delicioso da comida invadiu minhas narinas, mesmo a comida humana não me sustentando tanto como o sangue, o sabor ainda era bem apreciado.

Achei que teria que cumprimentar todos da sala, mas pelo visto esse não era o costume dos Mikaelsons. Apenas todos deram um "olá" animado para mim e Hope apontou para a cadeira vazia ao seu lado.

Sentei-me, e rapidamente uma moça aparentemente hipnotizada, me serviu o peru assado e os legumes, e uma taça de sangue fresco vindo diretamente do pulso dela. Gelei, não bebia sangue fresco, me descontrolaria facilmente. Olhei para Hope, que olhava confusa e assustada para sua mãe, olhei para as taças das outras pessoas, a maioria vampiros, e tinha apenas água. Por que eu era a única que fora servido sangue? Só podia significar uma coisa. Era um teste.

O cheiro do sangue subiu diretamente as minhas narinas, e tudo que pensava naquele momento era cravar minhas presas no pescoço da pobre moça. Mas não podia fazer aquilo, não na frente deles, iria passar uma má impressão.

Senti Hope segurar minha mão que estava cravada no assento da cadeira, seu aperto fez toda aquela sensação de fome sumir, ela tomou meus pensamentos, só pensava em quanto queria ela, mesmo que tentasse tirar isso da minha cabeça, só conseguia sentir o seu cheiro, o seu calor.

Voltei a realidade quando alguém se pronunciou, aparentemente, era Klaus, Klaus Mikaelson, o que me fez tremer um pouco, ele podia arrancar minha cabeça em uma fração de segundos.

-Bom, acho que esse silêncio constrangedor está arruinando o clima, vamos fazer algumas perguntas para a senhorita Katniss, afinal, não é por um motivo qualquer que ela está aqui. -Ele disse sarcástico. Me estremessi toda. Perguntas? E se eles fizessem uma pergunta que eu não poderia responder?

-Peço perdão pelo meu irmão, senhorita, não queremos te deixar desconfortável, apenas temos o objetivo de lhe conhecer melhor, então, iremos aos poucos. -Um homem de terno se pronunciou, ele parecia ser nobre, bem que eu já tinha ouvido falar que na família Mikaelson havia um irmão nobre, de honra, o mais severo de todos eles.

-Certo, bom, podem perguntar o que quiserem. -Falei, tentando parecer confiante, espero que tenha dado certo.

Só aí percebi que Hope havia soltado minha mão, por algum motivo, senti falta do aperto dela, mas para ocupar minhas mãos, comecei a me concentrar no jantar, que até então não tinha tocado.

-Bem, onde a senhorita nasceu? -A mãe de Hope me perguntou, acho que seu nome era Have, Harle, Hayley, algo assim.

-Nasci no sul da Bulgária, sou búlgara de sangue, já que minha família toda é dessa origem. Mas nós nos mudamos bastante, quando saímos da Bulgária fomos para Califórnia, quando tinha 13 anos, fomos para Los Angeles, mas acabou não dando muito certo, então quando completei 14 fui para New York, e esse ano me mudei para Misticy Falls. -Fiquei com medo de parecer muito tagarela, mas queria tentar pelo menos me sentir um pouco mais a vontade. Quando terminei de falar, soltei um sorrisinho simpático e levei a boca um pedaço do meu peru.

-Fascinante! Já fui para a Bulgária várias vezes, senhorita. Não eram em circunstâncias muito boas, mas era impossível não notar a beleza daquele lugar. -Disse Klaus, já podia imaginar, com tantos anos de existência os Mikaelsons já devem ter viajado todos os cantos do mundo.

-Sim, não lembro direito, mas tenho algumas memórias guardadas da minha infância na Bulgária.

O resto do jantar foi assim. Perguntas bobas, felizmente não eram só para mim. Não chegaram a tocar em nenhum assunto muito pessoal, o que eu agradeço profundamente.

Não bebi nenhuma gota do sangue que estava em minha taça, tentei lutar contra a sede de sangue, e, felizmente consegui.

Quando estava prestes a sair da mansão, uma voz me interrompe.

-Hey! Katniss! Porque não dorme aqui hoje? Está muito tarde e New Orleans é muito perigoso a noite. -Hope falou, chegando mais próximo de mim.

-Oh! Hope, eu adoraria, mas não posso, não quero encomodar, e além do mais, não tenho roupas.

-Ora! Isso não será problema! Posso te emprestar algumas roupas para essa noite. Vamos! Não aceito não como resposta. -Hope falou me puxando pelo braço e me levando para o segundo andar.

Tentei insisti-lá que não era uma boa ideia, mas foi em vão. Eu queria ficar, mas não queria parecer muito invasiva.

Ela acabou por me dar algumas roupas, e eu dormi no quarto de visitas, ao lado do quarto dela. Ele era lindo, grande e como resto da casa, a decoração era rústica, tinha um ar luxuoso.

Hope disse que no dia seguinte teria que falar comigo sobre um assunto sério, fiquei meio preocupada, mas decidi ignorar.

Tomei um banho longo e relaxante no banheiro que tinha ao lado do "meu" quarto. Depois, coloquei um pijama que Hope me emprestou e deitei sobre a cama macia e me cobri com os cobertores sedosos.




























Continua...

A Companheira de Hope MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora