Assim que terminei de ler suas cartas, não tive tempo de raciocinar e já estava transformada em Ladybug correndo contra o tempo para chegar a torre Eiffel.
Meu coração estava apertado como nunca antes. A cada momento sentia que meu coração estava batendo de forma ainda mais descompassada.
Corria contra o vento na esperança de que ele ainda não tivesse ido.
Ele não podia ir... ele não...
Não sabia mais o que estava fazendo em meio às lágrimas, apenas sei que quando vi, estava em um telhado em frente a torre Eiffel.
Assim que parei para me localizar e vi que estava em frente na torre Eiffel, percebi alguém pulando de lá de cima.
Sabia quem era mesmo sem conseguir acreditar.
Eu tinha que chegar a tempo. Ele não podia ir dessa forma. Não antes de eu poder falar tudo o que preciso.
Corri e pulei tão rápido que senti a adrenalina em minhas veias pulsando a cada segundo.
Por sorte, eu consegui pega-lo. Eu cheguei a tempo!
Meus olhos se encheram novamente de lágrimas e a única coisa que conseguia fazer naquele momento era sorrir. Estava grata ao universo por ter conseguido chegar a tempo.
Eu não poderia viver sem ele. Não quando ainda não tinha vivido junto a ele como eu queria.
Quando senti sua mão segurando a minha enquanto a outra arremessava o yo-yo, eu segurei firme como se fosse a coisa mais preciosa do mundo.
Não podia olhar para seu rosto. Não antes de chegarmos a algum lugar que pudéssemos ficar a sós em terra firme, pois sabia que se o olhasse, perderia minha forças e cairia junto a ele em meio às lágrimas que já estavam molhando meus olhos.
Assim que vi o primeiro beco disponível, aterrizei com Adrien e fiquei o encarnado por um longo tempo.
Nenhum dos dois sabia o que falar exatamente. Então me destransformei e apenas olhávamos um para o outro enquanto às lágrimas desciam no rosto dos dois.
Finalmente, Adrien se mexeu e me abraçou forte.
— Obrigado, Marinette... — ele sussurrou em meu ouvido. — Sinto muito por isso. Não sabia mais o que fazer. Me desculpa por favor...
Podia sentir não só seu hálito mentolado, mas pude sentir algo mais profundo...
Assim que ele sussurrou aquelas palavras eu meus ouvidos, eu pude sentir tudo o que ele quis dizer mas não sabia expressar.
A gratidão por eu ter o salvado dessa ideia ridícula.
O medo que estava sentindo naquele momento.
A aflição de saber que ele estava tão mal que chegou a ter esse tipo de ideias e seguiu em frente com elas.
Mas o mais forte... o seu anseio por ajuda...
— Adrien... — comecei a sussurrar ainda abraçados como ele tinha feito comigo. — não vou falar que você deveria ter me contado para eu poder te ajudar porque sei que isso não deve ser fácil... — senti suas lágrimas escorrerem por minha roupa. — mas agora eu estou aqui. Eu já sei de tudo o que você tinha pra me contar, então não precisa ter mais medo a partir de agora tá bem?
Me afastei um pouco para poder ver seu rosto e pude ver a dor estampada em seu semblante. Tive de me conter para que não deixasse transparecer minha dor por ele para que eu pudesse o ajudar sendo sua rocha como um dia ele já foi a minha.
— Durante todo o tempo em que nos conhecemos, principalmente como Ladybug e Chat Noir, você sempre foi o meu porto seguro. Sempre que algum akumatizado estava prestes a me capturar ou algo do tipo, você tinha tanta confiança em mim a ponto de saber que se fosse capturado em meu lugar, eu o salvaria. Sempre que eu não sabia o que fazer durante uma batalha, você me ajudava e distraia os vilões para que eu pudesse pensar com mais clareza. Você sempre confiou em mim a ponto de sempre que eu pedia para você algo em meio a uma batalha, nunca questionava, apenas me auxiliava com o que eu precisava. Agora, é minha vez de te ajudar sem perguntar o porquê.
Não dava mais para segurar as lágrimas. Ao olhar em seus olhos eu desabei a chorar junto a ele. Pois quando olhei em seus olhos pude ver novamente a sua gratidão e o seu pedido de ajuda.
Não sabia muito bem como ajudar. Mas eu tenha que ajudar. Não importava como, mas daria um jeito.
— Você é meu parceiro. Só você. E nunca mais ninguém. Não só isso, você é meu amigo. E além de tudo... a pessoa que gosto... — ele olhou no fundo dos meus olhos novamente. — Pois é. Eu também gosto de você, Adrien. Não apenas como um amigo. Mas isso não importa agora. Você não tá bem. Precisa de ajuda. E mesmo sem saber muito bem o que fazer, quero te ajudar da maneira que puder. Então me fala, o que eu faço?
Ele olhou novamente nos meus olhos. Mas dessa vez, pude ver que algo mudou dentro dele. Algo como... esperança...
— Só me promete uma coisa... por favor, nunca saia do meu lado... Eu ainda não tô pronto para um relacionamento. Mas uma coisa é certa, eu te amo Marinette.
— Eu prometo. Vou te esperar... porque eu nunca amei ninguém como amo você Adrien. Eu vou te esperar até você estar melhor.
Então ele se aproximou de mim e me abraçou forte como se fosse a primeira vez.
Eu sabia que daquele momento em diante, tudo voltaria aos trilhos e juntos conseguiríamos superar todos os problemas que aparecessem.
Eu sabia que dali em diante, seríamos uma dupla, mas não apenas de super heróis, agora seríamos uma dupla nas suas batalhas diárias.
Fiz um juramento a mim mesma naquele momento, de que ele nunca mais estaria só...
•••
Oi gente linda :)
Duas coisas, a primeira não é tão importante: sinto muito se você é emotiva como eu e chorou lendo. Sim, Eu chorei lendo e escrevendo minha própria fanfic :)
Segundo: gente, pelo amor de Deus. Não guardem nada pra vocês. Isso que aconteceu na fanfic não é brincadeira.
Qualquer um pode ter pensamentos suicidas por any motivos. Então não guardem nada. Sempre procure alguém pra desabafar.
Se alguém de vocês precisar conversar, ou só falar algo pra alguém mas sem querer que o outro fala qualquer coisa que seja o que for, pode falar comigo.
A gente não se conhece direito então não tem nem perigo de eu contar pra alguém, e se eu deixar escapar algo a pessoa nem vai te conhecer de qualquer forma.
Então se você precisar desabafar, pode vim falar comigo viu?
Meu chat tá aberto aí pra quem quiser. É isso :)
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Gatilhos
FanfictionAdrien não estava se sentindo bem... nada bem... Nos últimos meses milhões de pensamentos passavam em sua cabeça como um turbilhão e ele estava desesperado... o que mais ele podia fazer...?