CAPÍTULO NOVE

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CAPÍTULO NOVE

AURORA JOHNSON

Sorri ao sentir o quão confortável a minha cama estava; para ser sincera, ela estava confortável demais. Abri os meus olhos lentamente e quando estava completamente desperta, me assustei.

Onde eu estou?! Eu fui sequestrada?!

Puxei na memória e lembranças do jantar de ontem a noite surgiram como flashes na minha cabeça, de nós dois dentro do carro, ele me fazendo gozar. Lembrei vagamente do senhor Del Frari se despedindo de todos e logo entramos no seu carro, mas depois disso eu não lembro de mais nada; acho que peguei no sono ou sei lá.

Mas, espera. Se eu não estou na minha casa e a última pessoa que estava comigo era o Del Frari, então... PORRA! ELE ME TROUXE PARA A CASA DELE!

Olhei para uma cadeira e vi o meu vestido em cima dela, senti um pavor tomar conta de mim ao constatar que estava de roupas íntimas.

Será que eu e ele... Não, não, eu sequer me lembro, não acredito que ele se aproveitou enquanto eu estava inconsciente.

Pra quem o deixou tocar tão intimamente, mas mesmo assim.

Não! Algo está errado. — Pensei.

Observei o quarto em que estava e não me admirava nada de o quarto ser tão escuro, as cores escuras prevaleciam nele: os móveis antigos, mas bonitos, a cama enorme dorsel de madeira branca e com curtinas brancas em volta, lençóis e travesseiros brancos, a janela do lado esquerdo do quarto parecia enorme, não dava para ver bem por causa da cortina escura, piso de porcelanato e teto de gesso com alguns rasgos de luz e uma espécie de rebaixamento flutuante em cima da cama. A decoração era, sem dúvida, linda demais, mas ainda assim, o quarto era a cara dele, escuro e frio.

Levantei da cama enrolada no lençol e acabei o deixando cair quando a porta foi aberta, um homem vestido com apenas uma calça de moletom entrou.

Segurei meu queixo para ele não cair diante daquela visão!

— Bom dia, senhorita Johnson. — Ele falou olhando-me de cima a baixo, apressei-me em me abaixar e pegar o lençol de volta.

— O... O que eu estou fazendo aqui? Foi você quem tirou a minha roupa? — Indaguei mantendo meus olhos no rosto dele, só Deus sabe o quanto estou me segurando para não olhar todo o pacote completo.

— Acho que isso é irrelevante de ante do que fizemos no carro.— cínico, ele vai jogar isso na minha cara agora.

— Me responda!

— Primeiro, educação se usa. Deve responder quando uma pessoa te cumprimentar; segundo, tirei sim; terceiro, você apagou no carro e como sua casa fica distante demais da minha eu... simplesmente decidi te trazer para cá. — Disse naturalmente enquanto andava em direção ao seu closet, se não me engano, pois isso nem de longe poderia ser só um simples guarda-roupa, de tão grande.

Não me admiraria ter um portal para Nárnia nele.

Ele sumiu por alguns segundos dentro dele e retornou com uma blusa azul nas mãos.

— Eu... Eu... Posso fazer uma pergunta? — Del Frari assentiu. — A gente fez... Alguma coisa ontem à noite? — Ele abriu aquele maldito meio sorriso.

— Além de te fazer gozar dentro do meu carro?— droga!

— É...aconteceu algo além disso?— ele deve está adorando essa situação.

— Não, embora eu teria adorado se tivéssemos feito, porém eu prometi que não faríamos sexo sem que você mesma pedisse.

— O que fizemos ontem foi...

DEGUSTAÇÃO / Del Frari - Segredos da Máfia ( Livro Único )Onde histórias criam vida. Descubra agora