Os 6 erros mais comuns em uma redação - como não cair em uma cilada!

Coisas que precisam estar muito bem resolvidas para o redator

Ter uma estratégia é muito importante!

Primeiro, deve-se entender o que está sendo pedido no enunciado para depois montar essa estratégia.

É preciso separar o conhecimento sobre a temática solicitada em assuntos relevantes, como seções a serem exploradas no texto, e se preparar para dar ênfase ao que possa ser algum diferencial na redação. Depois disso, o candidato precisa ter em mente a atenção ao básico: Começo, meio e fim que estejam interligados.

Quanto mais simples for o processo, menor é a chance de cometer erros!

Um avaliador criterioso costuma esperar por um apanhado geral do conteúdo logo no início da redação, por isso a introdução precisa ser muito bem feita.

- O início

É preciso ser impessoal e objetivo, principalmente nos primeiros parágrafos, exibindo uma visão geral sobre o assunto. A boa introdução não é extensa, nem curta em demasia, e "encher linguiça" usando de trechos inteiros do enunciado é um erro que vai custar pontos que não precisariam ser perdidos.
Mas pode-se, sim, utilizar alguns dados do enunciado, porque eles darão embasamento ao texto, mas eles devem ser inseridos com cuidado e atenção após uma escolha criteriosa.

A argumentação inicial deve ser realizada de forma sólida e direta, evitando uma prolixidade que levará o avaliador a acreditar que a encontrará no texto todo, fazendo somente um apanhado geral sobre o assunto e tendo uma breve conclusão a respeito e, de preferência, que deixe um "gancho" para a argumentação que será apresentada no restante da redação.

Do início ao término da redação, é preciso observar se os períodos não estão muito longos e, principalmente, se o excesso de vírgulas não está deixando a compreensão do texto confusa. Logo, é necessário encontrar um equilíbrio no uso das ferramentas de escrita, produzindo um texto simples mas completo, sem empobrecê-lo por tirar elementos demais.

- O meio

É a hora do candidato se perguntar pela melhor forma de abordar o tema no restante do texto.

É melhor manter a impessoalidade de uma escrita técnica até o fim, podendo se valer de um caráter opinativo que seja sutil, como algo meramente sugestivo, mas sem cair na cilada de utilizar as expressões "eu acho", "eu penso que", "eu acredito que", "quem sabe" ou "em minha opinião".

O texto é do autor. É o que ele pensa a respeito do assunto, e o avaliador já sabe disso, então não é necessário se apartar da impessoalidade e, principalmente, é preciso prestar atenção para não inserir expressões que contradigam a linha de raciocínio utilizada até o momento, ou que demonstrem dúvidas com relação ao assunto.

A imagem do redator precisa ser a de alguém que está seguro para falar sobre o tema e tem convicção nos seus argumentos, enquanto apresenta e discute fatos, dados e pontos de vista coerentes com eles.

Mesmo tendo um bom conhecimento da língua portuguesa e escrevendo bem, mas venha a fugir completamente do tema abordado, poderá haver tanto uma subtração de pontos como reprova na redação.

Não se pode esquecer que, no caso, uma dissertação é dirigida a um interlocutor genérico, portanto, deve-se evitar a qualquer custo falar a um grupo específico. Porém o caráter do enunciado deve ser interpretado de forma clara, porque, se o exigido for um texto argumentativo direcionado, então será necessário adaptar a estratégia e orientar o texto a uma categoria de interlocutor ou grupo específico.

- O fim

É a etapa que requer uma maior atenção e, neste ponto, é recomendado reler todo o rascunho antes de concluir a linha de raciocínio.

O avaliador espera que o candidato faça uma reflexão sobre o tema e discorra a respeito dele sem muitas divagações. A coerência precisa estar presente do início ao fim da redação, mas é neste exato ponto que tudo já escrito vai convergir.

O avaliador precisa analisar o domínio da escrita formal em língua portuguesa, a compreensão do tema e a aplicação nas áreas de conhecimento, capacidade de interpretação das informações e organização dos argumentos, domínio dos mecanismos linguísticos de argumentação e capacidade de conclusão com propostas coerentes.

Tudo isso parece muito complicado, mas com algum treino é possível produzir uma redação simples e completa, que fique dentro do limite mínimo de linhas ou caracteres exigidos.

Normalmente, não é proibido fazer militância em uma redação desde que ela se encaixe no tema, e usar elementos que ferem os direitos humanos também não costumam ser censurados, mas podem subtrair pontos valiosos.

A prática vai permitir que o redator se habitue cada vez mais com esses elementos. Por isso, alguém que tenha ciência prévia de que será avaliado por uma redação não pode deixar de produzir textos e, se possível, os submeter para que alguém capacitado os avalie e dê um feedback sobre as falhas encontradas.