Longe de você.

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Eu senti falta de ar depois de ver você.

É estranho, não é senhor? Depois de tantos anos longe de sua presença, é estranho ver a sua foto e encarar seus olhos nessa fotografia. E a falta de ar que eu senti, mostra bem isso. Principalmente ver sua coleira, a coleira que me deu, depois da cerimônia de encoleiramento que você fez questão de fazer.

É tão estranho rolar a cama e ver que não é você ali. Dói tanto saber que as minhas atitudes foram terríveis e que a culpa que eu carrego é castigante.

O destino me deu meu garoto. Meu menino, o amor da minha vida. O meu homem é aquele que me coloca todos os dias de pé, quando eu desejo desistir. Meu submisso, que sabe bem alternar entre as duas coisas, que sorri para os meus ensinamentos e que comemora a cada conquista que obtêm.

Mas, vê-lo ser tão devoto a mim, me lembra a minha devoção ao Senhor. Me lembra os anos em que fiquei de joelhos para você e que te aceitei como mestre e mentor, e acima de tudo, dominador.

Aceitei que dominasse a minha vida, o meu coração e o meu corpo. Entreguei a ti, todo o poder que poderia exercer sobre mim e você fez com tudo de si.

Hoje, depois de anos, eu sei que esse foi o pior erro de minha existência. Te dar as costas, quando a única coisa que eu queria era me ajoelhar para você e te dar sorrisos e beijos.

Ser jovem e inconsequente, não muda as coisas, não justifica. Mas, me faz perceber o quanto eu fui idiota e uma completa babaca em sumir e não me render ao seu amor, quando eu também sentia o mesmo.

Eu sinto saudades de você, mestre.

Domina ©Onde histórias criam vida. Descubra agora