14. Goodbye Part. 2

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"Despedidas doem tanto quanto uma facada."
-///-

-TIO! -Ouvi a minha sobrinha vir correndo em minha direção e a peguei no colo. -O papai não veio?

-O papai não pôde vir, mas nós vamos poder ver ele em breve.

Ela me deu um beijinho de esquimó. Ela era o bem mais precioso do Jackson e eu iria cumprir minha promessa.

-Olha tio, quando a Bahiyyih me disse que o senhor iria me levar de volta pra casa, eu vesti o meu vestido vermelho, é a cor favorita do papai.

-Cindy, em casa nós conversamos, tudo bem?

-Sim. Tio, ele é o seu namorado? -Ela apontou para Jaebeom.

-Não, é apenas o meu amigo. Vamos, tem uma pessoa que seu pai quer que você conheça. Obrigado por cuidarem dela.

-Não há de quê, a Cindy é um anjinho.

-///-

Chegamos em casa e eu deixei a Cindy com o Jaebeom enquanto embalava as coisas do Jackson.
Comecei a esvaziar o quarto colocando as caixas do lado de fora, mas a Cindy me viu.

-Tio, essas não são as coisas do papai?

-Sim.

-Por que está tirando do quarto dele?

Me sentei na cama que era do meu irmão e pedi que a garotinha sentasse no meu colo.

-Pequena, a gente precisa conversar.

-Claro tio, pode dizer. -Ela balançava seus pés animada.

-Lembra do que o papai disse pra você quando a mamãe se foi?

-Ele me disse que ela tinha se transformado em uma estrelinha bem brilhante no céu e que todas as noites eu poderia ver ela da janela.

-Exato. O papai também virou uma estrelinha muito brilhante e hoje, ele está junto da mamãe.

-Então, o papai e a mamãe agora estão juntos?

-Sim, eles pediram para o tio Jae e o tio Jaebeom cuidarem de você com a ajuda de uma pessoa que seu pai amava muito.

-Quando vamos poder ver ele?

-Não sei, ele ainda vai me ligar pra dizer.

-Tudo bem. -Eu comecei a chorar, a inocência da Cindy me surpreendia. Abracei ela e a mesma começou a limpar meu rosto. -Não chora tio, papai deve estar feliz agora.

-Obrigado, pequena. -Terminei de limpar o rosto. -Agora, vai tomar banho e colocar seu pijama pra gente dormir.

-Sim, tio.

Ela foi correndo em direção a sua mala pegar seu pijama e indo em seguida para o banheiro.
Jaebeom estava no batente da porta.

-Vem aqui.

Corri para os braços dele e afundei meu rosto em seu peito. Eu chorava feito uma criança, nunca iria me acostumar com a perda.
Ficamos em silêncio por um tempo.

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