Capítulo 3 - Park Tae Joon

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Temos uma lanchonete na empresa e é muito boa, mas prefiro andar por dez minutos até a cafeteria da rua para comprar meu chocolate quente com uma ahjumma que sempre enche meu copo e ainda deixa meu chocolate bem doce, do jeito que eu gosto. Min Jae hyung também prefere o café de lá. Não tem uma razão específica, sempre diz que o café da ahjumma tem amor. Min Jae hyung é engraçado.

Quando vejo a bicicleta, já é tarde demais, ela se choca contra minha perna, me derrubando no chão e jogando uma garota em cima de mim.

E é esse o momento em que eu me apaixono. Enquanto ela está em cima de mim, me olhando assustada, com seus olhos castanhos tão claros e grandes, seu rosto bonito e corado. Meu coração bate tão rápido que quase não sinto a dor, quase.

— Me desculpe! – diz ela se afastando um pouco, mas sem sair de cima de mim — Você está bem?

— Vou ficar, se sair de cima de mim. – digo, mesmo querendo que ela continue onde está.
— Me desculpe.

Ela se levanta devagar e se senta no chão. Continuo deitado no chão, esperando meu coração se acalmar. Isso é loucura. Não me apaixonei à primeira vista por uma garota estrangeira que acaba de me atropelar. Ela estica a mão e puxa a máscara do meu rosto.

Seu rosto bonito fica ainda mais vermelho ao notar quem sou.
— Ai droga... – ela parece estar em choque. — Atropelei um idol.
Me levanto devagar, sem conseguir parar de olhar para ela. Não consigo firmar o pé no chão, sinto uma dor forte no tornozelo.

— Você se machucou? – pergunto olhando para ela, que continua sentada.
Parece estar em choque.
— Isso não importa, você se machucou, eu estou ferrada. – ela coloca as mãos na cabeça e as tira em seguida, soltando um grito de dor.

— Acho que também se machucou. – digo. — E nós dois estamos encharcados de café.
Olho para sua mão machucada, passo os olhos pelo seu corpo, verificando se está machucada em algum outro lugar.

— O que vamos fazer com você? – ela parece estar a ponto de chorar.
Não contenho uma risada.

— Do que está rindo?
— Eu acabei de ser atropelado por uma bicicleta, isso é engraçado.

— Não é não. Você nem consegue ficar em pé.

— Ei, você se machucou também.

Me aproximo e tento ajudá-la a se levantar, ela me impede e se levanta sozinha. Vejo que seu joelho está machucado.

— Está sentindo muita dor? – ela pergunta.
— Um pouco. – respondo, mais preocupado com ela do que comigo.
— Espere um pouco.
Ela pega os copos do chão e sai mancando até uma lixeira. Observo ela jogar os copos no lixo e voltar para prender a bicicleta. Seu rosto bonito parece tão preocupado.

— O que vamos fazer com você? – pergunta ela, pela segunda vez.

Olho para ela sem entender essa preocupação excessiva, quando ela está tão machucada quanto eu.

— Eu trabalho na lanchonete, nem posso ficar andando por aí com idols.

O que é uma pena. Não consigo parar de olhar para ela, com seus cabelos ruivos, bagunçados pela queda e pelo vento. Seu nariz levemente arrebitado e sua boca bem desenhada, ela continua me olhando.

— Do que está falando? Claro que pode, acabou de me atropelar. – brinco, tentando aliviar a tensão.

— Você não parece estar com dor. Está brincando comigo. — Diz ela, com os olhos cheios de água.
Olho ao redor, para ver se alguém está nos vendo aqui.

Como "não" conquistar um idol - DegustaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora