- CARLA
Eu não conseguia sentir nada, eu só queria chorar, chorar muito. A minha mãe chorava mas que eu, a única coisa que se escutava nessa casa era o choro mesmo.
Eu estava mal, estava me sentindo exposta ao nível que eu nunca senti antes em todos os meus anos de figura pública, eu em mim doía.
O interfone tocou e minha mãe foi atender, em menos de 1 h minha casa já estava com o pessoal Pocah, Liz, Vini, Juliette.
Eu não queria ver ninguém, eu não tinha condições de falar com ninguém, tudo em mim estava doendo.
-ARTHUR
Júlia: Onde você vai ?(disse pegando no meu braço)
A: Júlia eu precisa ir (disse e ela negou) Júlia, a Carla (disse e ela negou)
Julia: Que se dane a Carla (disse alto) Arthur pelo amor de Deus, aquilo foi passado, esquece (disse e eu olhei pra ela)
A: Aquilo ?(disse e ela concordou) Júlia, depois a gente conversa (disse e lá negou)
Tam: Arthur eu tô indo (disse brava)
Júlia: Pode ir, ele não vai (disse e eu neguei)
O projota me olhava e eu olhava pra Júlia e pro todo resto da festa, o Pai dela começou a falar merda e eu não estava nem com cabeça pra falar com aquele filha da puta.
Júlia: Me escuta, se você for agora, não precisa mais voltar pra minha vida, tá escutando ?(disse e eu olhei pra ela)
Eu só respirei fundo e olhei no fundo dos olhos dela.
A: Ju eu sinto muito, mas eu vou (disse e ela negou)
Eu dei um beijo na testa dela e sai. Eu não teria como ficar dessa vez, a Carla precisa de mim, assim como talvez eu precisa dela nesse momento. O projota foi dirigindo meu carro, eu não conseguia nem falar nada, minha cabeça rodava demais, ter que passar por tudo de novo era a pior coisa do mundo.
Eu falei o endereço da Carla e não demoramos pra chegar e nem pra subir. Era a primeira vez que eu ia na casa da Carla no pior dia.
A: Cadê ela ?(disse no impulso)
A Dona Mara abriu a porta e me abraçou.
Mara: Que bom que você veio (disse e eu concordei ) Ela tá no quarto, não quer sair e nem falar com ninguém (disse e eu concordei)
Eu olhei na sala, vi a Pocah e o Ronan que só me abraçaram é mais uns amigos dela. Eu dei meu celular pro Projota e avisei com eu estava falando. A dona mara me mostrou onde que era o quarto dela e eu bati na porta.
