Philip, O Revoltado

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Notas iniciais:
Essa história é o começo de uma fase em que postarei neste perfil diversas histórias curtas com conclusões rápidas. O intuito é fazer com que eu mesmo não pare de escrever. Devido ao meu tempo escasso, não consigo escrever algo maior e mais elaborado, portanto, histórias curtas são a solução. Terão em média de 1 a 15 capítulos, sendo de 1 a 2 sendo postado semanalmente. Desejo a todos uma boa leitura e não se esqueça do voto, seja sábio(a).

𖤐𓃵𖤐

Penitenciária Feminina de Piraquara-PR, 08:00H da manhã.

Meu nome, é Philip da Silva. Aqui, meus amigos me chamam de Phil, o revoltado. Charles e Thiago, fecham o que vejo como uma espécie de Tríade aqui dentro deste lugar horroroso cheio de putas nojentas, e claro, minha mãe é uma delas. Se está se perguntando onde estou, talvez não acredite, mas moro em uma penitenciária feminina de segurança máxima no Paraná. Nasci aqui há 12 anos, porquê minha bela mamãe não quis abortar. Quando fiz 8 meses, parei de mamar, e enfim sairia daqui como manda a lei, mas claro que algo tinha que dar errado. A polícia contatou até o último dos parentes mais distantes, e nenhum deles quis me criar, exceto pelo tio Darlei, o ricasso da família. Entretanto, fechei um acordo com ele, que partilhava de meus ideais, uma vez mais tarde que ele veio visitar a irmã. Ele me traria dinheiro, e eu completaria minha missão. A situação do abandono dos parentes se repetiu também com Charles, hoje com 11 anos, e Thiago, com 9.

Minha mãe foi presa por tráfico de drogas e prostituição pedófila. Além de também usar, ela vendia até mesmo para crianças da comunidade, e tranzava até com menores em troca de drogas que ela não vendia. Essa vadia ferrou a minha vida, agora com 18 anos irei sair daqui, sem nenhum apoio familiar, pois meu tio tem tolerância 0 com adultos sem futuro nem base, e esse pensamento dele está totalmente correto pra mim.

Eles tentam nos agradar aqui dentro com guloseimas, brinquedos, desenhos, vestimenta personalizada, entre outras coisas. Mas eu, Charleco e o pequeno Thi, não tivemos infância. Sabíamos exatamente o que queríamos, e isso nos uniu profundamente.

Minha mãe, por mais que eu odeie chamá-la disso, nunca parou de traficar. Diversas vezes fui parar com ela na solitário enquanto ainda amamentava. Ela me usava de mula, escondia as drogas na minha fralda, e vendia para outras cachorras viciadas aqui dentro.  Hoje, comigo crescido, ela não mudou os hábitos. Mas hoje, especialmente hoje, ela está ferrada na minha mão. Jogarei as drogas na cela de outro pavilhão com um bilhete escrito como se fosse dela o remetente. As mulheres do outro pavilhão sentirão que sua área está ameaçada por minha preciosa mãe, e ela tomará uma surra no pátio na hora do banho de sol. Surra essa que eu assistirei de perto, enquanto finjo chorar, ou melhor, eu vou chorar, de tamanho regozijo.

Podem me chamar de maldoso, uma criança desde cedo machista e maliciosa. Mas você nunca poderá me chamar de injusto, porquê aqui dentro, eu sou o arquiteto de todas as tramóias possíveis, lendo livros desde cedo, hoje, eu tenho essa penitenciária na palma das minhas mãos, e o dia tão esperado está perto, quando finalmente completarei minha missão.

Philip - Na Penitenciária FemininaOnde histórias criam vida. Descubra agora