Uma segunda chance

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Quando foi que a minha vida virou essa bagunça?

Sempre fui uma pessoa tão boazinha. Tive meus altos e baixos como todo o ser humano tem, mas agora está complicado!

Eu quero os momentos altos também vida! Só estou nos baixos agora, cacete.

- Moço? Está me ouvindo? - questionou o bombeiro olhando para mim preocupado. - Inalou o gás ou coisa assim? Caso precise temos uma ambulância bem ali e...

- Estou bem, obrigado pela assistência.

- Ótimo. Só tenha mais cuidado da próxima vez, tudo bem? As pessoas poderiam ter se machucado feio por sua culpa. Ainda bem que viemos rápido.

- Desculpa, não foi a minha intenção. Juro que ficarei longe da cozinha de agora em diante. - murmuro e o mais velho apenas assente indo ver outras pessoas.

Suspiro e passo as mãos sob meus braços com frio, enquanto encarava aquela baderna toda.

Talvez se eu não tivesse levado um susto com a presença do Hyunjin e me levantado rápido demais, não teria esbarrado em um pano e colocado fogo na bancada dele.

E como aquele lugar estava cheio de butijão de gás, outras coisas inflamáveis e pessoas idosas, acharam melhor tirar todos de lá depressa.

Foi um reencontro de merda?

É foi.

Mas o pior foi que o cabeça de vento, filho da puta, cria de angu mal cozido, geladinho de chorume do caralho, jiló cru, bostinha de vaca espacial, porco, verme vulgar, patético, saco de sujeira inútil e espinha na bunda da sociedade, não se lembrava de mim.

Pois é. Ele não lembrou.

Uma das situações mais frustantes de toda a minha vida!

Hyun havia sido o meu primeiro e nem ao menos se lembrava disso, talvez a minha pessoa tivesse sido apenas qualquer um para si na época.

- Rapaz...- senti uma mão amigável vir sob meu ombro esquerdo. - Desculpe por ter ameaçado você daquela forma, eu estava muito nervosa para falar com o senhor Hwang e alguns assuntos pessoais estavam me perturbando também. Acabei explodindo contigo.

- Eu deveria ter lido a receita e prestado atenção no que o professor estava falando, então também tive culpa nisso. Me perdoe também senhora Han, e ainda estraguei a chance da senhora de falar com ele, coloquei fogo na tenda...

- Na verdade não é a primeira vez que alguém coloca fogo aí dentro. - revelou e olhei para ela surpreso. - Pois é querido, colocar duas gerações diferentes por três horas numa cozinha não é muito boa. Em relação ao meu pãozinho, ele veio falar comigo porque ficou preocupado e acabamos conversando um pouco.

- Então, eu ajudei? - questionei um pouco animado, pelo menos alguém tinha se dado bem no final.

- Sim, obrigada por isso. - agradeceu me dando um abraço desajeitado, porém caloroso.

Abraços de vovós são a melhor coisa do mundo! Ainda mais vindo de uma que está feliz e com cheirinho de morango.

- Como um agradecimento maior, o que acha de...

- Vó! - um grito ecoou na multidão interrompendo a mais baixa, e em seguida um figura de fios dourados correu em nossa direção. - Meu Deus! A senhora está bem? Não machucou nadinha? Assim que recebi a ligação vim direto pra cá. - explicou afobado examinando a senhora.

E para surpresa de alguns, mas de outros não, aquele era o próprio dem... Quer dizer, Jisung.

Fiquei tanto tempo chamando ele de demônio - mesmo que quem tenha levado chifres era eu. - que acabei acostumando.

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⏰ Última atualização: Jan 27, 2022 ⏰

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