Declarando Guerra

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POV.Regulus

A situação estava pior do que imaginava. Quanto mais eu olhava os papéis em minhas mãos, mais eu tinha a certeza que Pettigrew me roubara várias vezes.

Trabalhou com meu pai durante muitos anos, até que resolveu se tornar um homem "honesto". Pelo menos aparentemente. Já que vivia do dinheiro que nos roubou.

Assim que descobrimos suas artimanhas, preparamos uma armadilha e ele caiu feito um pato. Antes de executá-lo eu ainda o fiz me devolver tudo o que roubara durante esses anos.

E o resultado: Deixara seus filhos na miséria, sem um centavo sequer. Apesar de

tudo eu não tinha nada contra os filhos dele

Sequer os conhecia. Sabia apenas que eram uma mulher e um rapaz. Nunca fiz questão alguma de saber de vida de ninguém. assim como não permitia que se enfiassem na minha vida.

Eu planejava realmente deixá-los curtindo sua "herança" por um tempo. No entanto esse pensamento me ocorreu antes que Sirius me trouxesse outra bomba.

- Reg?

- Entre, Sirius.

- Más notícias.

- E desde quando você me trás boas notícias

-Caramba,Reg.

- Desembucha logo.

- Aquela cocaína que forneceu a alguns meses... para o tal Peter.

- Eu forneci, não. Vocês forneceram. Eu nem sei quem é o fulano.

Sim. Eu forneci. tudo bem... o cara... não tem grana pra pagar.

- Como assim não tem grana?

- Foi o que ele disse.

Fechei meus olhos, segurando a ponta do nariz

-Que porra de amadorismo é esse Sirius? Será que vou ter que ensinar tudo de novo? Como você me fornece droga para alguém que não quer pagar?

Sirius baixou os olhos evitando me encarar. Desconfiei na hora.

- O que mais? O que está tentando, EM VÃO, esconder de mim?

-O cara... o tal Peter... é filho do Pettigrew.

Ótimo... maravilhoso. Era tudo o que eu precisava agora. Era óbvio que não iria pagar. Estava falido, embora ainda não soubesse.

-Vá até a casa dele, Sirius

- Reg... ele acabou de perder o pai.

Dei um soco na mesa

-QUE PORRA DE MARIQUINHA É VOCÊ? TODO SENTIMENTAL AGORA?

Ele não respondeu.

-Sirius....ou você honra essas calças ou então cai fora do esquema. Eu não admito gente fraca do meu lado.

Ele suspirou antes de me responder.

-Tudo bem, Regulus. Eu vou até lá.

- Melhor assim.

Agora eu entendia porque meu pai simplesmente desistira de tudo e jogara nas minhas costas. Um bando de inútil ao seu lado. Só aborrecimento.

E além de tudo hoje era dia de almoçar com meus pais. Sempre a mesma lenga lenga. E não deu outra.

-Pai... eu sei disso. Já me falou um trilhão de vezes.

- Então está esperando o que?

- Estou esperando uma que preste para me dar esse filho.

O Poderoso BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora