Camila Point Of View.
- Então, chegou bem?
- Sim. Acabei de me instalar no campus, parece ser um lugar bem legal.
- Isso é bom. Olha, Dimitri, andei pensando em algumas coisas e..
- Se for sobre o beijo, por favor, não fale. Prefiro viver a ilusão de que foi um sonho, do que ouvir você dizer que cometi um erro.
- Não, você não cometeu um erro. Eu gostei.
- Você.. gostou?
- Sim. Tudo bem que foi de surpresa, eu jamais esperaria uma atitude dessa vinda de você, mas foi bom.
- Nossa, eu est..
- Alô?! Dimitri?! – dei três batidas no telefone e verifiquei o fio, estava tudo normal. A ligação muda indicava que não teria como voltar a falar com ele.
Revirei os olhos com um pouco de impaciência e sai da cama, enrolada em um grosso robe na cor preta. O tempo em Derbyshire tinha escolhido manter-se frio, mais do que o normal. Tentava esquentar meu corpo com dificuldade, esfregando os braços, enquanto descia pela escada em direção à cozinha. Uma música clássica ressoava pelas paredes da casa silenciosa. À medida que eu chegava no primeiro andar, a melodia aumentava.
- Jordan, mande um técnico aqui para minha casa. Cortei o fio do telefone, mas quero mudar algumas coisas. Faça esse favor. – A voz de Lauren ecoou pelo hall, enquanto eu procurava onde sua dona estava.
Então foi ela quem cortou o fio. Uma atitude um tanto imatura para uma mulher da idade dela. Decidi não procurar por encrencas logo de manhã e retomei meu caminho até a cozinha. Se tinha uma coisa mais interessante do que discutir com Lauren, era o café da manhã.
- Bom dia! – abri um sorriso amigável, enquanto apertava Lola em meus braços. – Dormiu bem? Falou com o Dimitri.
- Bom dia, Camila. Dormi bem, mas não falei com meu filho ainda. Por que a pergunta?
- Ele me ligou hoje, mas aconteceu alguma coisa com o fio do telefone e a ligação caiu. Tenho certeza que quando a Lauren consertar, vai poder falar com Dimitri. – dei um beijo estalado na bochecha dela e me sentei na mesa. Peguei um pedaço do bolo caseiro de Lola e enchi minha xícara com café quente.
- Espero que sim, preciso falar com ele sobre algumas coisas importantes.
- Não se preocupe, ele vai ligar de novo.
- Não contaria com isso. – Lauren entrou na cozinha com um sorriso vitorioso, cobrindo o corpo com seu robe na mesma cor que o meu. Cerrei os olhos ao vê-la tão animada e dei um gole no café. – Bom dia, senhorita Cabello.
- Hmm..
- Não vai me responder de uma maneira educada?
- Eu estava com café quente na boca, Lauren, não tinha como lhe responder.
- Mas agora já engoliu.
- Acho que você não merece sequer um oi meu. Com licença, vou para o meu quarto. Aproveite o café. – levantei da mesa em um solavanco e saí da cozinha, sendo acompanhada pelo olhar confuso dela e de Lola.
"Psicopatas não são doentes mentais. São pessoas 100% racionais, sem nenhum rastro de emoção, com uma predisposição genética à transgressão. Eles estão sempre manipulando situações para tirar proveito. Cerca de 4% da população mundial são psicopatas, sendo 1% 'serial killers' — facilmente identificáveis por sua característica sanguinária — e 3% leves e moderados. Os leves são os que cometem pequenos golpes e os moderados aqueles que buscam status, poder e diversão numa roda social mais alta. Embora longe de serem maioria, todos deixam um rastro de destruição na vida das pessoas das quais se aproximam, pois as relações do psicopata são sempre de uso. Ele pode até não matar uma pessoa, mas mata sonhos, casamentos, inocências, fé."
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Skyfall.
HorrorViajar para conhecer uma das inúmeras lendas que assombravam uma pequena vila localizada no interior da Inglaterra e ter o privilégio de trabalhar em seu primeiro livro, estavam nos planos de Camila Cabello o tempo todo. Recém-formada em Jornalismo...