A família Mikaelson

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Stiles on'

Sabia que era o único que estava acordado pois não ouvia nenhum barulho. Todas as vezes que eles acordavam antes do que eu, sempre faziam questão de derrubar todas as panelas, ou arrastar uma cadeira, quebrar um copo até mesmo colocar o rádio no máximo. Então acordar antes do que eles significam duas coisas: dar o troco e que algo está muito errado.

Olho para o relógio e percebo que acordei extremamente cedo em um sábado. O que confirma a parte de algo não estar certo. Sentei na cama e olhei para a pequena criança que estava abraçada a seu bichinho de pelúcia. Passei minha mão levemente em seu cabelo e me levantei da cama.

Decidi me arrumar e depois ir para o mercado, já sabendo que não tinha comida em casa. O banho foi rápido e antes de descer chequei mais uma vez a garotinha dormindo. Ela estava bem. Desci as escadas sem fazer nenhum barulho, o que era raro, visto que eu era o desastre em pessoa.

Ficou caminhando, pois isso não só iria ser bom pra minha saúde, meu carro ainda estava no concerto. Entrei no supermercado, mas rapidamente me senti sendo observado. Olhei para os dois lados à procura de qualquer pessoa que me olhasse, não encontrando ninguém. Decidi ignorar o sentimento e seguir com o que fazia.

Peguei um carrinho e fui andando pelos corredores, pegando tudo que julgava essencial, e o que deveria ter um grande quantidade, aliás em casa tinha dois lobisomens, uma coiote, agora uma híbrida. Além disso, tinha o lobinho perdido, vulgo Liam, que vivia aparecendo lá em casa, assim como Lydia. E não poderia esquecer que agora sou uma raposa, e parece que assim que descobri, meu apetite ficou dez vezes maior. Então, de fato era necessário muita comida.

Terminei de pagar por tudo e comecei a caminhar de volta para casa. As várias sacolas em meus braços faziam meus braços doerem e sabia que com o peso delas, já tinham marcas da sacola no meu braço. De repente, senti um cheiro de morte misturado a um cheiro de lavanda, me fazendo parar. Olhei para trás para encontrar um homem alto vestindo um terno. Sabia que era um vampiro.

"Acredito que você está com algo que procuro" O homem falou e o olhei confuso. "Poderia me ajudar?" Analisava a sua postura enquanto pesava sua fala. Poderia ignorar ou ajudar, só dependia se queria sair vivo ou morto.

"Ajudar com o que exatamente?" Perguntei em dúvida e um pouco de sarcasmo. "Tipo ajudar ajudar ou ajudar te dando meu sangue ou te oferecendo o sangue alheio?". Depois que falei isso, voltei a andar. Talvez ignorar seria a melhor opção.

"Peço desculpa pela minha aproximação e meus modos" Ele disse e eu parei no caminho me voltando a ele. "Sou Elijah Mikaelson, procuro por minha sobrinha. Hope Mikaelson" ele falou e quase deixei tudo que estava em meus braços caírem no chão.

"Hope? Tipo uma garotinha de um ano, bem fofa e que ri de tudo?" Perguntei ainda em choque e o vejo acenar desconfiado."Você é tio da Hope?" Ele concordou com mais convicção e eu suspirei. "Certo, sou Stiles. Pode me seguir, acho que ela ainda está dormindo" Falei e continuei a andar em direção a minha casa. Estranhamente, sentia que ele não mentia. "Ou isso, ou ela está gritando no ouvido de todos os outros" falei baixinho, mas não é como se ele não estivesse ouvindo.

Cheguei em casa e abri a porta. Deixei-a aberta, e também deixei Elijah pois sabia que vampiros não poderiam entrar sem a autorização do dono do lugar. Coloquei as compras na cozinha, e olhei o relógio. Oito da manhã, ainda dava tempo de pregar uma peça neles. Abri os armários e peguei duas panelas, deixando na sala.

Subi as escadas sem fazer barulho, só pra pegar Hope e proteger seus pequenos e sensíveis ouvidos. Voltei rápido para sala, pegando as duas panelas e as batendo. Não deu nem três batidas escoadas que todos já acordaram por conta dos ouvidos sensíveis.

Originais em Beacon Hills (Stlaus)Onde histórias criam vida. Descubra agora