Detetive Chae e um assassinato inusitado

Um lugar, uma arma, um suspeito

Olá, e bem vinde a mais uma história dessa autora que vos fala. "Detetive Chae e o assassinato inusitado" é uma história que nasceu a partir do MonOne, projeto de oneshots diversas do @mxfanfics. Nessa edição, os elementos do MonOne são "Hyungki" e "jogos".
Essa é uma história que vem depois de "Código J", mas não é uma continuação, de fato. De qualquer forma, aconselho também a leitura de "Código J" pra entender um pouco da dinâmica dos meninos e alguns fatos importantes que serão mencionados aqui.

E antes de começar queria agradecer imensamente a @Wonstarshik que me deu a ideia de usar esse jogo que eu simplesmente AMO e que faz parte das minhas tardes nos encontros de família e festas comemorativas.

Sem mais delongas, boa leitura!

☆☆☆

Era uma sexta feira. O relógio marcava quinze minutos para as seis e o décimo segundo andar estava agitado, especialmente pelo barulho que vinha do apartamento mil duzentos e sete, onde Changkyun e Jooheon chamam de lar. Os donos da casa, Wonho e Kihyun aguardavam a chegada dos três amigos com certa ansiedade.

Há meses os sete planejavam tirar alguns dias para descansar, se divertir e comemorar o sucesso da série que Jooheon havia apresentado para uma empresa de streaming em ascensão no ano anterior. Desde então, os três mais velhos vinham planejando uma pequena viagem de final de semana. Alugaram uma casa não muito longe do centro da cidade com piscina, internet e um pouco de contato com a natureza, mas longe o suficiente para que as preocupações de cada um ficassem perdidas pelo caminho. Definiram um cardápio para os três dias e com a contribuição de todos, compraram suprimentos suficientes para aplacar a fome de todos eles. Dividiram-se em grupos para dormirem nos três quartos da casa e estabeleceram quem iria no carro de quem, sendo Kihyun e Shownu os responsáveis pela locomoção do grupo até lá. E Shownu estava atrasado.

Kihyun e Changkyun revezavam em ligar para Shownu e Hyungwon, torcendo pra que eles chegassem, estivessem bem e dessem sinal de vida. Depois de meia hora, os três chegavam à portaria pedindo mil desculpas aos amigos pelo atraso ocasionado por um problema no carro. Rapidamente os sete terminaram de abastecer os veículos com seus pertences e rumaram para seu destino.

Em mais quarenta minutos os sete rapazes chegavam à uma bela casa de dois andares iluminada, com um grande quintal gramado e um princípio de floresta rodeando o espaço. No térreo, os quartos, banheiros e uma grande sala com vista para uma piscina maravilhosa. No terraço, o espaço que precisavam e ansiavam há meses, com uma cozinha completa e área de jogos com mesa de sinuca e outras coisas. De lá de cima podiam ver não muito longe alguns vagalumes tímidos brilhando como estrelas na floresta.

Naquela noite, não fizeram muito além de encomendar algumas pizzas e jogar algumas partidas de pingue-pongue alcóolico. Kihyun havia prometido que a diversão seria maior no dia seguinte, com uma surpresa logo a noite e os rapazes passaram a antecipar e tentar adivinhar de que surpresa se tratava.

Na manhã seguinte, o grupo tratou de aproveitar tudo o que a casa proporcionava, fotografando cada canto e dando pulos na piscina que com certeza gerariam muito engajamento nas redes sociais.

Ter aquele momento era tudo o que os sete amigos almejavam e amavam, mas que a vida adulta tornava cada vez mais difícil de acontecer.

☆☆☆

Após o jantar daquele sábado era certo que começaria mais uma rodada de jogos e Kihyun passou a agir de forma suspeita, como se escondesse dos outros o jogo que trouxera. Mesmo assim e sem muita demora, às oito em ponto, o rapaz foi até seu carro, abriu o porta malas, tirou de lá uma caixa retangular coberta por um tecido e subiu as escadas novamente. Assim que apareceu no segundo andar, foi seguido com o olhar até a mesa redonda no centro do terraço.