L.J.

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[Camila POV]

5 anos depois...

- Dinah, eu preciso ir trabalhar.

- Oh, ok. 

- Hoje é seu dia de folga, não?

- Graças ao nosso bom Deus.

- Me faria um favor?

- Claro, Mila.

- Tome conta do Henry. Não dê balas para ele, ele é alérgico. E também-

- Camila. - me interrompeu - Você não precisa me dar uma lista de coisas sobre o Henry, eu sei o que fazer, fique calma.

- Eu te amo, Dinah. Obrigada por isso.

- Tome cuidado.

- Pode deixar. - ajoelhei para ficar na altura de Henry - A mamãe já volta, querido. Tia Dinah vai cuidar de você hoje. 

- Ela sempre cuida! Porquê eu nunca posso ficar com você?

- Huh... querido, eu trabalho em uma delegacia, não é um local para crianças. - vesti minha jaqueta - Eu te amo.

- Eu também te amo, mamãe.

Henry cruzou os braços e bufou, enquanto Dinah pegava-o no colo e levava-o para seu quarto.

O pequeno menino de olhos verdes foi fruto do estupro que sofri há 5 anos atrás.

Eu não podia apenas abortar o garoto, era uma vida. Eu jamais impediria uma vida de vir ao mundo, é cruel, é criminoso.

Contei para ele que seu pai era um bombeiro muito corajoso, que morreu salvando uma moça de um prédio incendiado. Ele acreditou.

Eu jamais contaria que seu pai foi apenas um homem que eu nem sabia o nome e que me estuprou em um beco. Não contaria para Henry que ele foi feito em um beco.

Meu menino era muito solitário, por algum motivo desconhecido o garoto não fazia amigos. Ele gostava de ficar sozinho com seu violão. Sim, ele tocava violão, com 5 anos. Chamávamos Henry de garoto prodígio, ele gostava disso. Muitas crianças iam elogiar seu talento, mas ele apenas abaixava a cabeça e saía de perto, com seus olhos verdes brilhantes tomados por alguma espécie de tristeza.

Isso me lemrba aquela menina que me salvou, ela tem que estar muito orgulhosa hoje em dia. Ela não salvou uma só vida, ela salvou duas. Uma em troca de duas. Eu seria eternamente grata por sua ação, mesmo não sabendo seu nome. Não pûde ver muito bem sua face, já que usava um capuz quando me salvou. Guardo até hoje sua jaqueta, uso-a todos os dias para ir trabalhar. E, é impossível não pensar, como essa moça estaria hoje depois daquela adrenalina toda?

Ajeitei minha jaqueta e fui para meu carro. Dirigi a BMW até a delegacia e entrei em toda a velocidade, estava atrasada.

- Me desculpem o atraso, perdi algo? - perguntei, vendo que todos encaravam uma pepalada - Austin. - chamei sua atenção

- Hã? Camila, atrasada outra vez. Temos novidades.

- Creio que nada boas. Dê-me isso. - peguei a papelada - O que aconteceu?

- Essa mulher é uma Serial Killer. - Harry apontou os papéis 

- Uma mulher? 

- Sim, uma mulher. Matou 4 pessoas em menos de uma santa semana. Ela não dá folga.

Criminal MindWhere stories live. Discover now