5 - Um homem que faz tudo pelo seu amor.

5 0 0
                                    


Point of view from Doyoung:

Deixei Ana com a Dona Alice, a senhorinha que cuida de minha casa. Ana estava muito sensível, porém eu não poderia ficar em casa, não posso deixar meus pacientes na mão.

Não vou mentir, o dia foi exaustivo, não por causa dos meus pacientes, mas sim por causa de toda minha preocupação com Ana, sempre que tinha um tempo eu ligava para casa. Eu estava tenso, não sei que tipo de perfil tem o ex dela, mas me preocupava muito ele estar foragido.

Bem provável que ele nem saiba onde é minha casa, mas a sensação de não ter certeza de nada me fazia ter arrepios, sim, eu estava preocupado demais.

Terminado o expediente, me despeço de minha secretaria, Mina. Quando estou no estacionamento, resolvo ligar para meu melhor amigo que também é psicólogo e é meu confidente.

Ligação On:

- Oi, posso aparecer aí?

- O que você acha, Doyoung?

- Aigoo, você deveria ser mais gentil com seu donseng.

- Pare de se fazer de vítima e venha logo.

- Certo, até daqui a pouco.

Ligação off.

Entrei em meu carro e fui direto para a casa dele, a gente nunca se encontrava no consultório do outro, já que não era uma sessão e nem poderíamos fazer isso por sermos próximos.

Assim que cheguei, ele abriu seu portão, estacionei meu carro e fui direto para dentro, retirei meus sapatos como todo bom asiático que mantém os costumes. Me jogo no sofá dele tentando relaxar um pouco.

- O que traz o grande Doyoung aqui?

- Pare com isso, Taeil, fala como se eu não viesse aqui quase sempre.

- É, não aguento mais ver sua cara.

Jogo-lhe uma das almofadas do sofá nele, o que o faz rir.

- Quer vinho? – Ele me faz uma pergunta tentadora, mas...

- Não posso, tenho que voltar para casa...

- Ué, quando vem para cá sempre dorme aqui.

- É, mas eu tenho alguém me esperando.

- Não acredito, arrumou uma namorada?

- Quem me dera, estou acolhendo uma paciente que sofria violência doméstica.

- O QUÊ!? – Ele grita.

- Aí meus ouvidos, seu maluco.

- Você sabe que não devemos nos envolver com a vida pessoal dos pacientes né?

- Não me diga o obvio, só que ela não tem ninguém e nem para onde ir...

- E desde quando o Doyoung virou a Madre Teresa?

- É que...

- Não, não pode ser, você não.

- Sim, eu sim. Sei que é errado, mas ela... Eu não sei, assim que bati os olhos nela eu já não sabia o que estava acontecendo com meu coração.

- Eu não acredito que aquele Doyoung, que só queria saber de estudar para ter muito dinheiro e que só ia se casar com uma mulher rica, está apaixonado por uma paciente. Você está doente, deixe me medir sua temperatura! – Ele encosta a mão na minha testa e me desvencilho dela.

Terapia do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora