Não posso perder ele

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CARLA:
Estou em choque, com um choro entalado, me sentindo suja, me sentindo fraca, manipulada...Estou parada na frente do bar esperando que minha mãe chegue, mas tão agoniada que nem vejo que ela chegou ate que buzine e logo entro as pressas no banco do passageiro.

M: carla?

O choro entalado na minha garganta começou a ser liberado, a angustia dominando meu coração, a tensão com a minha mãe me olhando desesperada enquanto dirigia e eu so conseguia balançar a cabeça negativamente.

M: filha pelo amor de Deus você ta me assustando?

Eu não conseguia tranquilizar minha mãe, não saia nada de mim a não ser soluços de choro e ansias de novo quando revivia a situação eu não posso acreditar que ele queria me beijar e ainda me ameaçou, ameaçou meu sonho, minha luta.

M: não é nada com o bebê né?

Balanço a cabeça negativamente e Lucca inicia chutes mas dessa vez fraquinhos como se ele quisesse me animar ou soubesse que estou sofrendo.

O caminho ate o quarto do hotel é cercado de silêncio, lagrimas e soluços e um olhar de preocupação e dor da minha mãe que não fazia ideia do que havia acontecido.

Chego em meu quarto e sento na cama ja novamente deixando lágrimas me invadirem, eu precisava de um banho, mas antes disso minha mãe chega e me entrega um copo de agua acompanhado do abraço acolhedor que ela sempre me deu, o melhor abraço, o colo de mãe que todos tanto precisam e amam. Eu amo meu noivo mas acho que agora ninguém melhor que minha mãe para me dar um colo e um abraço eu precisava disso, e me entreguei, me aconcheguei em seu abraço e em seu colo enquanto ela fazia carinho em meus cabelos e via as lágrimas descerem pelos meus olhos

M: meu amor, você sabe que eu odeio te ver assim, mas so consigo ajudar se você me contar o que está acontecendo. Você não fica assim atoa meu anjo, algo grave aconteceu, me conta vai pra ver se alivia essa dor.

Enxuguei as lágrimas dos meus olhos e olhei pra ela.

C: eu vou, eu preciso contar mas antes preciso de um banho.

M: vou te esperar aqui, vai pro banho quente, se acalma, deixa a água levar as dores, deixa que a agua te limpe te lave.

Era isso que eu precisava que a agua me limpasse. E assim faço passo uns 30 min bo chuveiro escorada no azulejo so deixando a agua cair e me limpar. E saio mais calma, com minha mãe me esperando na cama mexendo no telefone

M: mais calma?

Balanço a cabeça positivamente

M: agora deita aqui e conta pra mim o que foi que deixou minha menina tão abalada?

E ai inicio a contar tudo que aconteceu, desde que cheguei no bar com as minhas amigas, ate Gabriel chegar, dar em cima de mim, recusar meus nãos, tentar me encostar, falar da aliança e por fim me ameacar. Enquanto falava eu chorei relembrando, pois doia, doia MUITO. E a cara da minha mãe so era de mais espanto a cada frase que eu soltava

M: carla isso não vai ficar assim não vai mesmo, esse filho da puta vai pagar pelo que fiz minha filha, oh se vai!

C: mãe ele e o dono, ele vai acabar com a coleção, com a marca com TUDO ele deixou bem claro.

M: carla ele não pode sair impune não depois dessa. Você tem que expor, nem que seja online, falar com alguém la de dentro, não desista de conseguir justiça, pensa se você nao tivesse tido a coragem de o afastar o que poderia ter acontecido.

C: você sabe mãe que eu queria denunciar e acabar com a vida desse desgraçado se pudesse mas puta merda eu demorei tanto pra conseguir isso, esse sonho e agora por causa de um cafajeste tudo vai embora! Ninguém precisa saber mãe e aliás a culpa foi minha eu sai sem aliança

O destino vai nos unir Onde histórias criam vida. Descubra agora