CAP3

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Oie

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O dia estava ensolarado. O vento fazia as folhas das árvores balançar, assim, como as vestes de Jiang Cheng, que estava em cima de um galho de árvore. Recostado no tronco, ele observa Lan Xichen destruindo um grupo de cadáveres ferozes.

Havia se passado cinco semanas após se encontrarem. Desde então, os dois vagavam por trilhas e cidades abandonadas. Jiang Cheng começou a aprender a se defender sem precisar de intrumentos mágicos.

No momento, eles estavam ajudando alguns aldeões que buscavam por ajuda com a seita local, que parecia mais interessada em gastar com extravagâncias supérfluas do que com o moradores da Vila Niao¹.

Vendo dois homens com trajes de cultivação, as pessoas comuns explanaram o problema que a vila enfrentava e perguntaram se poderiam ajudar. A princípio Jiang Cheng revirou os olhos e estava prestes a dizer que iria apenas dar uma lição no líder de seita local, mas Xichen, com sua bondade inata, aceitou no mesmo momento.

Como resultado, agora os dois estavam destruindo qualquer cadáver que se aproximasse. Jiang Cheng seria o apoio e Xichen a ofensiva, devido ao fato do Líder de roxo estar sem instrumentos mágicos, dependendo apenas da sua energia espiritual.

Wanyin observava os arredores de Xichen, quando viu um cadáver se aproximando pelas suas costas. Pulou da árvore em um momento calculado e esmagou com os pés a cabeça do defunto.

— Tome cuidado, por Buda... — se aproximou do outro homem, para cuidar da sua retaguarda apropriadamente. — Seria um transtorno ter que explicar como o Líder da seita Lan acabou morrendo enquanto ajudava alguns miseráveis.

Xichen riu.

— De fato, entretanto seria mais embaraçoso ter que explicar o que fazíamos juntos por todo esse período — deu uma piscadela para o outro homem.

— Se perca — Jiang Cheng desviou o rosto corado.

Lan Huan sorriu, antes de continuar cortando ao meio, os corpos animados que se aproximavam.


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O sol já havia se posto quando terminaram de jogar os restos mortais em uma fogueira malcheirosa. Como resultado da batalha de mais cedo, os robes se encontravam imundos e os cabelos cheios de terra.

Jiang Cheng e Lan Xichen voltaram para a pousada, onde estavam hospedados. O líder Lan pediu, para a dona do estabelecimento, água quente para banho e subiu junto ao outro homem para o quarto.

Jiang Cheng evitou sentar-se na cama e sujar tudo, então sentou no chão e bebeu a água da jarra que estava na sua frente. Xichen o acompanhou.

— Líder Jiang, sei que não gosta de entrar nesta questão...

— Se for falar de Wei Wuxian... — interrompeu. Xichen pusou sua xícara na mesa.

— Só gostaria de informar que estou aberto para ouvi-lo quando estiver pronto. Apesar de tudo, uma conversa sempre vai ser melhor do que se esconder pra sempre do que nos machuca — disse suavemente.

Jiang Cheng sentiu como se suas palavras tivessem sido um tapa. Ele considerou as palavras e sabia que Xichen tinha a razão.

— Você não conversou com GuangYao quando ele traiu sua confiança — bebeu um gole da água antes de se repreender por não controlar a boca.

Xichen lhe encarou.

— De fato... mas era outro caso... — limpou a garganta.


— Sim, era outro caso... — desviou os olhos. — Eu... acho que vou me lavar...

Levantou-se e foi para trás do biombo. Tirou suas roupas e entrou na banheira, percebendo que a água estava gelada. Xingou internamente.

Xichen refletia sobre a curta conversa. Percebeu que o homem de roxo era muito arisco em questão de se abrir e deixar de remoer alguns assuntos e acabava falando coisas sem pensar pra poder se proteger.

Algum tempo depois Wanyin retornou para a sala e Xichen lembrou-se da água que havia pedido, se dando conta que o outro líder teve de tomar banho em água gelada.

— Oh... — arregalou os olhos, prestes a perguntar se ele estava bem, mas Jiang Cheng passou diretamente para a cama e se escondeu sob as cobertas.

Sem muito o que fazer, Xichen foi buscar pela água e se lavar da imundície dos cadáveres.

Após sua limpeza, voltou para a sala e hesitante foi para a cama. O líder Jiang parecia adormecido, mas se enrolou contra o Lan assim que sentiu sua proximidade. O homem não soube como reagir.

— Hm... eu... me desculpe, às vezes não consigo controlar o que digo. Eu só.... eu não odeio meu Shixiong... eu odeio o fato de me sentir ingrato ou ruim por não ter conseguido fazer nada pra ajudá-lo... eu... — sua respiração ficou ofegante e sua voz ia sumindo.

— Está tudo bem, você não é egoísta ou ingrato, ok? Aquela época foi muito conturbada, pra todo mundo. Sua seita estava em ruínas e frágil. Ele sabia, ele não sente que você deve algo a ele. As decisões que ele tomou, foram pensadas por ele e tomadas por ele, você não teve culpa. Então, não faz sentido se cobrar por algo que não por sua culpa. — Xichen o abraçou e o corpo do outro relaxou na mesma hora.

— Eu... certo, obrigado... — afundou seu rosto no tecido dos trajes azuis.


Após refletirem sobre o assunto em silêncio, ambos adormeceram, principalmente pelo cansaço do dia.

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Oi, gente! Bastante tempo hein! Kkkk

O que acharam???

EsgotamentoOnde histórias criam vida. Descubra agora