Capítulo 12

736 88 9
                                    

(Pegue aqui sua bebida, gostaria de um café, um chá ou um toddynho? Custa apenas um voto. Bebida pronta, boa leitura!)

_____________

No último encontro que Hua Cheng teve com He Xuan, eles fizeram um acordo.

Hua Cheng não cobrava dele as despesas da destruição daquele dia e pagava-lhe uma refeição se em troca ele a ajudasse a obter informações.

Desde que os Yaoguais atacaram a aldeia, Hua Cheng estava inquieto.

Era raro alguém se atrever a invadir os territórios do Rei Fantasma, pois a maioria das criaturas, independentemente do reino a que pertenciam, tinha um enorme respeito por ele. Pra não dizer que o temiam.

Portanto, apenas uma possibilidade poderia ocorrer a ele.

Alguém estava procurando por algo que estava ali.

E esse algo não poderia ser outro além de Wei WuXian.

Enquanto o próprio Wei WuXian estava alheio a tudo isso e relaxado, Hua Cheng já havia começado a trabalhar.

"Parece que Bai Gu Jing fez um acordo com um mortal que está procurando por Wei Ying." He Xuan cutucou um pedaço de carne com os pauzinhos, mastigou-o calmamente e continuou: "No entanto -" 

Hua Cheng interrompeu: "Quem está procurando por ele e para quê?" 

He Xuan: "É o que eu ia dizer, não seja impaciente." Lançou-lhe um olhar frio e voltou às palavras que haviam sido interrompidas: "Porém, não sei quem ele é, nem para quê. Só sei que, desde que ele morreu, há quem tente encontre-o."

Hua Cheng fechou os olhos por um momento, deslizando o dedo indicador pela ponte do próprio nariz enquanto parecia pensativo. Um momento depois, ele se levantou e disse: "Tudo bem, é isso. Aprecie sua comida."

"Onde você está indo?" He Xuan perguntou apesar de não ter o menor interesse.

Hua Cheng apenas respondeu: "Acho que há alguém esperando por mim". Depois de uma pausa, ele acrescentou: "Não se esqueça de pagar antes de ir."

He Xuan ergueu uma sobrancelha: "Você não me convidou?"

"Sim. Mas eu disse que estava te convidando, não que eu fosse pagar." Dito isso, Hua Cheng foi embora, ignorando as afirmações vindas de trás. 

Quando ele chegou à mansão, eles estavam de fato esperando por ele em um dos quartos internos. A pessoa ergueu os olhos ao perceber que ele havia chegado e sorriu para ele ao mesmo tempo em que lhe mostrava três jarras de álcool.

Hua Cheng disse: "Vamos para a varanda acima."

Wei WuXian o seguiu silenciosamente.

No caminho, eles passaram por alguns criados, cada um dos quais cumprimentou Hua Cheng respeitosamente em seu aniversário.

Depois de subirem ao terceiro andar, eles entraram em uma sala simples em comparação com as outras, nem muito pequena, nem muito grande, com uma mesinha perto das portas da varanda.

De lá, você podia ver como o sol estava começando a se pôr e o céu estava com um brilho laranja. Ambos se sentaram frente a frente.

Wei WuXian colocou duas jarras ao seu lado e uma na mesa junto com dois copos. Mantendo o silêncio, encheu os dois de vinho e, quando deixou um deles na frente de Hua Cheng, disse: "Feliz aniversário".

Pelo caminho, quando os servos o cumprimentaram, Hua Cheng não parecia mostrar qualquer expressão, parecendo indiferente o tempo todo, portanto, o sorriso que agora exibia em seu rosto o deixava atordoado.

"Obrigado." Ele respondeu levantando o braço com o copo na mão. Wei WuXian ficou feliz, fez o mesmo gesto com um sorriso e brindou.

Na verdade, ele vinha pensando há muito tempo sobre o que poderia presenteá-lo, mas quando estava prestes a queimar seu cérebro, ele se perguntou se seria muito estranho mostrar tanto interesse em algo assim, então optou por obter um bom vinho e um brinde junto com ele. Felizmente, Hua Cheng não reclamou nem exigiu mais nada. Seus sentidos não estavam falhando, ele parecia ver Hua Cheng se divertindo.

Há muito tempo que bebiam, o céu escurecia, a segunda jarra ia acabar e nenhum dos dois parecia bêbado.

Por alguma razão, não parecia estranho para ele que Hua Cheng exibisse uma alta tolerância ao álcool.

Quando Wei WuXian estava prestes a beber a próxima taça, seu olhar inadvertidamente pousou nos lábios pálidos de Hua Cheng.

Ele se lembrou do dia em que se beijaram e o calor de repente tomou conta de Wei Ying. Já se haviam passado muitos dias desde a última vez que o viu, sem saber por quê, ele estava ficando nervoso.

Naquele momento, ele notou uma pequena gota transparente do vinho escorrendo da borda dos lábios de Hua Cheng enquanto ele bebia.

Wei WuXian engoliu em seco. 

Ele não sabia quando havia começado a expirar com dificuldade, pois havia ar preso em sua garganta, ansioso para sair.

Ele também não sabia quando começara a tomar consciência das ações e movimentos de Hua Cheng.

Ele observou enquanto seus dedos delgados deslizavam pela jarra de jade, envolvendo sua grande mão completamente em volta do pescoço antes de derramar um pouco mais do conteúdo em seu copo.

Talvez fossem as últimas gotas que sobraram da segunda jarra.

Muito menos ele soube quando Hua Cheng notou seu olhar e agora os dois estavam se olhando sem dizer uma palavra.

Wei WuXian olhou para seu próprio copo, ainda sem beber, e olhou para seu reflexo.

Se houvesse sangue correndo em seus vasos sanguíneos, agora seria vermelho brilhante. Porém, isso não diminuiu o fato de que ele sentiu um calor envolvente em seu peito.

Ele estava prestes a beber, quando sentiu um formigamento à sua esquerda.

A mesa do centro não era maior do que o comprimento de seu braço, portanto, não seria difícil para Hua Cheng esticar o corpo sobre ela.

Sem querer, Wei WuXian estreitou os olhos.

Mas nada aconteceu

.

Quando ele ousou abri-los, viu que Hua Cheng estava apenas tentando alcançar a última jarra que estava ao lado de Wei WuXian.

"Acabou a bebida neste aqui." Ele sussurrou ainda mais perto. "Eu pedi para você me passar o outro, mas você não me ouviu."

Sua voz era rouca e magnética.

Wei WuXian estava muito envergonhado. Quando Hua Cheng foisaiu, finalmente bebeu o conteúdo do copo em sua mão e baixou a cabeça na mesa fingindo estar bêbado.

Fugaz [Wei Ying X Hua Cheng] (Pt-Br)Onde histórias criam vida. Descubra agora