About being a father

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Reino de Busan, Fast.
Uma semana depois.

Como já era esperado, não demorou muito para Gongju enviar uma carta em nome da rainha Lee Kwan. A alfa expressou sua grande irritação para com a afronta e ordenou que soltasse Min Chiwoo imediatamente antes que ela tomasse aquele gesto como uma declaração de guerra.

Apesar de repensar bastante, Jeon Choi decidiu devolver a carta com apenas um lembrete sobre a execução. Ela aconteceria no dia seguinte, logo após o julgamento do réu por seus crimes.

— Alguma resposta? — Kim Taehyung questionou Jeon Choi enquanto tinha a pressão sentida por um curandeiro.

— Não. — respondeu apoiando as mãos sobre a mesa de reunião cansado. Ambos os homens haviam passado a noite em claro pensando em estratégias de combate, mas nenhuma delas lhes pareciam boas o suficiente para usarem como plano de ataque. — Se ao menos Kim Yerim estivesse aqui para ajudar-nos. — lamentou pesaroso.

— Queria ser mais útil. — disse o Kim após o médico afirmar que estava tudo bem consigo. — Nunca precisei entrar em uma guerra de verdade como meu pai. Sempre vivi lutando contra saqueadores sem armaduras ou soldados do reino. Agora sei porque Jeon Jeongguk é tão forte e destemido.

— Meu filho já passou perto da morte várias vezes. — comentou Choi, puxando uma cadeira para se sentar. Taehyung se sentou ao seu lado para ouvi-lo. — Certa vez, quando Jeongguk tinha apenas onze anos, estávamos apenas nós dois voltando de navio para Busan quando fomos atacados. Havíamos tentado uma negociação com um pequeno reino que estava se formando no império Japonês onde temos um porto que acabou resultando em um conflito maior.

— Mas como teve desavenças contra um povo que fica além do mar? — Taehyung perguntou por curiosidade.

— Eles queriam nos cobrar taxas para usarmos nosso porto e eu claramente recusei. — contou. — Com isso eles decidiram nos matar como aviso. Prenderam um navio junto ao nosso e nos pegaram de surpresa. Eu lutei como pude, mas no fim era apenas um homem desarmado contra dez. Me livrei de alguns, mas logo me arrastaram para a cabine a fim de se aproveitarem da situação.

— Eles tentaram... ?! — Taehyung questionou incrédulo com tamanha perversidade e o Jeon se limitou em assentir. — Mas e quanto a Jeongguk?

— Meu filhote estava escondido na proa do navio, e mesmo sendo novo demais para entender o que estava acontecendo, sabia que seria morto se não lutasse. — suspirou. — Eu estava imobilizado demais para fazer qualquer coisa e pensei que não teria como escaparmos com vida...

— Eu lamento imensamente. — Taehyung tentou lhe passar um pouco de conforto tocando em seu ombro. — Se não quiser continuar, eu entenderei perfeitamente.

Tal coisa havia acontecido há anos atrás, porém Taehyung percebeu o quanto aquele assunto parecia pessoal demais para Choi.

— Está tudo bem. — confirmou o Jeon antes de continuar. — ... quando consegui me comunicar com Jeongguk para ele não ter medo, ouvi um dos homens gritar para informar que haviam o achado. Lembro-me bem do sorriso nojento que o homem deu em minha direção e do meu desespero refletido em seus olhos. Eu gritei por Jeongguk em plenos pulmões e para minha surpresa o maior lobo que já vi em minha vida invadiu a cabine destroçando todas as pessoas presentes.

— Aquele era Jeongguk?!

— Sim — concordou o Choi. — Em sua forma lupina.

— Achei que a primeira transformação de alguém em um lobo fosse a partir dos quinze.

— Devido à situação, seu corpo forçou uma transformação e, como consequência disso, depois que voltou a sua forma humana, ele quebrou duas costelas. — se levantou para andar pelo local. — Eu temi que ele fosse morrer antes de chegarmos em Busan, mas subestimei meu garoto. Mesmo pequeno aprendeu a lidar com a dor sozinho como um guerreiro.

Entre Dois ReinosOnde histórias criam vida. Descubra agora