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Meu corpo inteiro doía, eu sentia um peso enorme nos meus braços. Não conseguia abrir os olhos por estar vendada ainda. Me mecher não ia adiantar muita coisa mas eu o fiz, tentei me esticar e doeu muito. Senti um gosto de sangue na minha boca.

— Vejo que acordou senhorita. Vou chamar meu superior. — Uma voz desconhecida disse não muito longe de mim.

Tentei sentir onde eu estava, mas foi interrompido com passos lentos e um barulho de cadeira rangendo. Suspiros e risadas baixas foram ouvidas por mim, o silêncio que restava ali me assombrava no momento. Eu estou imóvel, só queria ir pra casa encontrar minha mãe e chorar como uma criança que acabou de perder um doce.

— Você está com uma coisa minha querida. — A voz rouca por idade impaciente diz.

Eu não conseguia falar, queria gritar mas estava em choque. Completo silêncio novamente. Ninguém ousou falar até um certo momento.

— O que você quer? — Finalmente me pronunciei diante aquilo tudo.

Ele ri com deboche antes de direcionar sua palavra a mim.

— O colar. — Ele se levanta. Mesmo não podendo ver, eu pude ouvir seus passos vindo até mim. — É simples, você me entrega e eu te liberto. Caso ao contrário, ficará aqui até acharmos esse objeto.

Acabei de me lembrar, antes de sair de casa guardei o colar na caixinha por medo de perdê-lo. Guardei ele em um lugar onde não iriam achar nunca mesmo... Eu fiz uma cópia do colar para a senhora Jeon não ficar chateada, e toda vez que me sentir insegura de sair com o de verdade eu iria colocar o falso. Não sei qual o motivo disso tudo, o por que daquele colar ser tão importante para a família Jeon, não sabia se Jungkook sabia sobre também. Eu não iria sair daqui tão cedo.

Não era tão simples igual a história do primeiro amor de Junglee. Tinha alho a mais obviamente.

— Não estou com ele. — Disse e um tapa em meu rosto foi a resposta de minha fala. Minha face ardeu como fogo. Mas eu não iria gritar, muito menos chorar, ele não merece meu choro.

— Interessante... — Ele segura meu rosto. — Você é uma falsa, sair com uma cópia? Idiota. — o velho solta meu rosto com brutalidade.

Eu vou morrer aqui, Jungkook não vai vir me buscar, isso é fato. Lucas vai pensar que eu estou brava com ele. Mamãe vai chorar com a notícia que estou sumida... Junglee também não pode fazer muita coisa. Estou sozinha, tenho que lutar por mim mesma apenas isso. Não vou ter um plano concreto, apenas uma coisa impulsiva, mas se eu não conseguir enxergar vai ser difícil.

Socorro...

Pov' s Jungkook

Estava batucando meus dedos ao ritmo da música que passava no rádio do meu carro. Em busca da minha vaga de sempre no prédio estaciono o mesmo e saio dali. Isabella já havia saído pro trabalho quando acordei. Iria dar uma carona à ela, estava até alegre por ter descobrido mais coisas na casa de madeira. Fui dormir tarde por conta disso.

— Bom dia. — Passo por Janny na recepção que apenas sorri.

Entro no elevador e aperto o número do meu andar, assim que a porta se fecha eu olho no meu relógio o horário, não estava muito atrasado. Ao sair da caixa de metal vejo um papel picado no chão, não sei o que significa. Depois eu posso mandar limparem isso ou eu mesmo faço.

Destranquei a porta do meu escritório e me deparo com meu pai sentado na minha cadeira e seus lábios tinham um sorriso totalmente diferente do que já vi.

— Como entrou aqui? — Pergunto irritado.

— Hm... Que educação foi essa que te dei Jungkook... — Ele cruza os braços.

— Saia daqui. — Fui andando até ele e piso em algo que faz barulho. Vejo que é uma capinha de celular preta com uma cereja desenhada ao meio. Isabella.

— Você é muito tonto garoto. — Ele gargalha.

Eu não consigo falar mais nada. Pego o celular do chão e penso no passado da minha família, o que não era nada bom. Isabella está em perigo e eu vou salvá-la.

— O que você fez com ela? — Meu pai sorri cruelmente. — ME RESPONDE! — Eu grito.

— Oh... O garoto assustado ficou irritado? — Ele para de rir e me encara — Me traga o que eu estou te pedindo, eu avisei, uh? — meu pai diz passando ao meu lado e saindo pela porta com muita confiança.

Raiva. Apenas raiva me consumia por inteiro... Era hora daquele Jungkook voltar? Mas minha avó não permitiria.

Desculpe por quebrar a promessa vovó, mas eu tenho que salvar essa garota.

Andei até a mesa e peguei o telefone ligando imediatamente para Janny. Avisei a ela que hoje estaria de folga e não sabia quando iria voltar. Até lá espero que essa empresa fique bem.

Lembrei de minha irmã e como ela me ensinou a sobreviver diante à esse homem que um dia chamei de pai.

[. . .]

— Como assim Jungkook? — Minha irmã diz impaciente.

— Eu já te expliquei duas vezes criatura. — Falo arrumando minhas malas.

Após a ligação com minha recepcionista, eu saí da empresa e fui direto pra casa. Contei a minha irmã o que estava acontecendo e agora estou arrumando minhas malas.

— Liga pro Namjoon — Disse e ela me olhou desconfiada. — Rápido! Eu preciso da ajuda dele. Mais que inferno!

Ela respira fundo e pega seu celular saindo do meu quarto.

Aquele velho maldito vai se ver comigo!

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EITA BEBERS!

Me desculpe pela demora pessoal, eu estava com um péssimo bloqueio de criatividade!!!!

Mas espero que gostem!!!

BEJOOOOOOS

A Filha da Empregada Onde histórias criam vida. Descubra agora