Capítulo 4 - bicho papão no armário

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pov narradora: 

O Prof. Lupin não estava em sala quando eles chegaram para a primeira aula de Defesa Contra as Artes das Trevas. Os alunos se sentaram, tiraram das mochilas os livros, penas e pergaminho e estavam conversando quando o professor finalmente apareceu. Lupin sorriu vagamente e colocou a velha maleta surrada na escrivaninha. Estava malvestido como sempre mas parecia saudável.

– Boa-tarde – cumprimentou ele. – Por favor guardem todos os livros de volta nas mochilas. Hoje teremos uma aula prática. Os senhores só vão precisar das varinhas. 

Alguns alunos se entreolharam, curiosos, enquanto guardavam os livros. Nunca tinham tido uma aula prática de Defesa Contra as Artes das Trevas antes, a não ser que considerassem aquela aula inesquecível no ano anterior, em que o professor tinha trazido uma gaiola de diabretes e os soltara na sala. 

– Certo, então – disse o Prof. Lupin, quando todos estavam prontos. – Queiram me seguir.

Intrigados, mas interessados, os alunos se levantaram e o seguiram para fora da sala. Ele levou os alunos por um corredor deserto e virou num canto, onde a primeira coisa que viram foi o Pirraça, o poltergeist, flutuando no ar de cabeça para baixo, e entupindo com chicles o buraco da fechadura mais próxima.

Pirraça não ergueu os olhos até o professor chegar a mais ou menos meio metro; então, agitou os dedos dos pés e começou a cantar. 

– Louco, lobo, Lupin – entoou ele. – Louco, lobo, Lupin... 

Grosseiro e intratável como era quase sempre, Pirraça em geral demonstrava algum respeito pelos professores. Todo mundo olhou na mesma hora para Lupin haver qual seria a sua reação àquilo; para surpresa de todos, o professor continuou a sorrir. 

– Eu tiraria o chicle do buraco da fechadura se fosse você, Pirraça – disse ele gentilmente. – O Sr. Filch não vai poder apanhar as vassouras dele.

Filch era o zelador de Hogwarts, mal-humorado, um bruxo frustrado que travava uma guerra constante contra os estudantes e, na verdade, contra Pirraça também. Mas o poltergeist não deu a mínima atenção às palavras do professor a não ser para respondê-las com um ruído ofensivo e alto feito com a boca. O professor deu um breve suspiro e tirou a varinha.

– Este é um feitiçozinho útil – disse à turma por cima do ombro. – Por favor observem com atenção.

Ele ergueu a varinha até a altura do ombro e disse:

 – Uediuósi! – e apontou para Pirraça. 

Com a força de uma bala, a pelota de chicle disparou do buraco da fechadura efoi bater certeira na narina esquerda de Pirraça; o poltergeist virou de cabeça paracima e fugiu a grande velocidade, xingando. 

– Maneiro, professor! – exclamou Dino Thomas admirado. 

– Obrigado, Dino – disse o professor tornando a guardar a varinha. – Vamosprosseguir? 

Eles recomeçaram a caminhada, a turma olhando o enxovalhado professor comcrescente respeito. Lupin os conduziu por um segundo corredor e parou bem à portada sala de professores. 

– Entrem, por favor – disse ele, abrindo a porta e se afastando para os alunospassarem.

 A sala dos professores, uma sala comprida, revestida com painéis de madeira emobiliada com cadeiras velhas e desaparelhadas, estava vazia, exceto por um ocupante. O Prof. Snape estava sentado em uma poltrona baixa e ergueu os olhos para os alunos que entravam. Seus olhos brilhavam e ele tinha um arzinho de desdémem volta da boca. Quando o Prof. Lupin entrou e fez menção de fechar a porta,Snape falou:

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