Uma dose de café

EPÍLOGO

 21 de Junho de 2013

Assim que o 369 entrou na Presidente Vargas notei que havia algo de errado no centro do Rio.

A avenida mais importante da cidade estava tomada por manifestantes mascarados que bloqueavam a via.

Agradeci por sair 3 horas antes do horário da reunião, mas como pra mim tudo é mais difícil, precisei atravessar toda confusão de salto, até aí tudo bem. Eu estava acostumada.

Assim que quase chegava a avenida Rio Branco, escuto sons de explosões algo como bombas e tiros, ao olhar para trás me assusto ao ver viaturas blindadas e policiais avançando sobre os manifestantes mais agressivos que usavam máscaras e portavam barras metálicas. Uma correria começa me forçando a sair da avenida principal e entrar na lateral que logo reconheci como a Rua da Alfândega, pessoas corriam para fugir dos baderneiros, e as lojas fechavam suas portas. Estava me preparando para correr mais quando meu salto agarrou nos sulcos do paralelepípedo.

Era o que faltava.

-Aqui!- escuto uma voz dizer.

Giro a cabeça para a esquerda e vejo alguém me chamar em uma confeitaria com as portas quase fechadas. Tento tirar o sapato do vinco, mas o mesmo está muito atolado. Prefiro deixar para lá, e me levanto correndo até a loja.

Assim que passo pela porta, a menina que me chamou fecha as portas metálicas. Nota que não há somente nós duas no ambiente, contando comigo somos cinco mulheres,ou melhor, quatro mulheres e uma adolescente. Uma loira bem vestida discutia com alguém pelo telefone, a outra mulher jazia no canto agarrada a adolescente, que presumia ser sua parente pelas feições parecidas.

A partir daquele momento minha vida mudou, jamais imaginaria que uma manifestação, um salto perdido e 5 mulheres poderiam mudar a minha vida.

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Boa noite!!

Estou iniciando hoje as postagens de Uma Dose de Café.

Prometo tentar postar seg e qua, sempre pela noite.

Aproveitem o livro, obrigada!