"Nunca mais eu bebo" foi a primeira coisa que pairou pela mente de Jade no dia seguinte.
Com a cabeça latejando e as poucas memórias restantes parecendo carrinhos de montanha-russa indo e voltando em sua mente, ela se sentou na cama confortável que estava e olhou em volta, se vendo no quarto de Mai.
Não demorou muito para que tivesse que correr até o banheiro para colocar o resto da mistura de inúmeras bebidas alcóolicas para fora de seu estômago.
— O primeiro porre a gente nunca esquece. – Mai observou, encostada no batente da porta com um copo de água e uma toalha em mãos.
— O primeiro e último. – a corrigiu e a dona dos cabelos esverdeados deu risada lhe entregando o copo de água junto à toalha.
Usou a toalha para limpar o líquido que escorria no canto de sua boca e bebeu a água de dentro do copo, se levantando logo em seguida para dar uma olhada em como estava no reflexo do espelho.
Seu cabelo preso em um coque bagunçado e seu vestido com uma mancha vermelha te davam uma aparência que nunca achou que teria em algum momento da sua vida. Ambas as coisas te davam uma aparência deplorável.
— Por que estou com o cabelo preso? – questionou, soltando as madeixas e vendo que o elástico que as prendiam não era de alguém que você tinha muita proximidade.
— Te acharam passando mal do lado de fora da residência Fushiguro, e Maki emprestou o elástico de cabelo dela.
A morena fechou os olhos, sentindo seu rosto queimar pela vergonha que a consumia por dentro e até chegou a pensar que estava chorando internamente por esse sentimento.
— Bom, não se preocupe, estavam todos bêbados demais para lembrarem de alguma coisa. – sua amiga tentou lhe tranquilizar e a morena suspirou antes de abrir os olhos.
— Assim como eu. – murmurou para si mesma, tentando lembrar de alguma coisa depois do segundo shot de vodka que Naoya te ofereceu gentilmente.
— Bom, vou te deixar sozinha para tomar um banho. Seu pai ligou e perguntou se estava tudo bem já que você não respondeu nenhuma mensagem dele, e eu disse que quando você acordasse, ligaria para ele. – ela saiu, deixando a amiga sozinha com a cabeça latejando e aquela imagem horrível no espelho.
Depois de fechar a porta, tirou o vestido e o pendurou ao lado da toalha que sempre estava ao seu dispor na casa das gêmeas Zenin. Ligou o chuveiro na temperatura morna e deixou que a água escorresse desde o topo de sua cabeça até seus pés, desejando que, além de levar a sujeira embora pelo ralo, o líquido corrente também levasse a vergonha que sentia.
Não lembrava de absolutamente nada depois do segundo shot de vodka que colocou para dentro, e odiava aquela sensação de que talvez os outros soubessem mais sobre suas atitudes do que si mesma.
Já enrolada na toalha, ela ignorou todas as mensagens que recebera contendo fotos e vídeos vergonhosos seus e abriu a conversa com seu pai.
[papai]: Filha, bom dia.
[papai]: Onde você está?
[papai]: Já passa do meio-dia...
"Já passa do meio-dia?!" a garota se perguntou incrédula, olhando para o horário marcado no canto superior direito da tela de seu celular. Ao confirmar o horário e ver que realmente já passava do meio-dia, uma de suas mãos foi de encontro com a sua testa e seus dedos começaram a massagear suas têmporas.
Escovou os dentes e penteou os cabelos antes de vestir-se. Com o celular em mãos, ia ligar para seu pai que estava preocupado ainda organizando os mesmos papéis da noite anterior, mas no mesmo segundo recebera uma ligação.

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𝐀𝐬 𝐞𝐬𝐭𝐫𝐞𝐥𝐚𝐬 𝐭𝐚𝐦𝐛𝐞́𝐦
Fanfic❝𝗡𝗮̃𝗼 𝗰𝗼𝗻𝘀𝗶𝗱𝗲𝗿𝗮𝘃𝗮 𝗻𝗲𝗺 𝗼 𝗽𝗲𝗻𝘀𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 𝗱𝗲 𝘀𝗲 𝗿𝗲𝗹𝗮𝗰𝗶𝗼𝗻𝗮𝗿 𝗰𝗼𝗺 𝗮𝗹𝗴𝘂𝗺 𝘂𝗻𝗶𝘃𝗲𝗿𝘀𝗶𝘁𝗮́𝗿𝗶𝗼, 𝗮𝗶𝗻𝗱𝗮 𝗺𝗮𝗶𝘀 𝗰𝗼𝗺 𝘂𝗺 𝘂𝗻𝗶𝘃𝗲𝗿𝘀𝗶𝘁𝗮́𝗿𝗶𝗼 𝗰𝗼𝗺𝗼 𝗲𝗹𝗲. 𝗦𝗲𝘂 𝗳𝗼𝗰𝗼 𝗻𝗲𝘀𝘀𝗮 𝗮́�...