𝐈𝐈|𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫

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                                              𝐌𝐚𝐫𝐣𝐨𝐫𝐢𝐞 𝐌𝐚𝐜𝐤𝐞𝐧𝐳𝐢𝐞                                                             𝐋𝐨𝐬 𝐀𝐧𝐠𝐞𝐥𝐞𝐬                                                                 𝐂𝐚𝐥𝐢𝐟𝐨𝐫𝐧𝐢𝐚

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𝐌𝐚𝐫𝐣𝐨𝐫𝐢𝐞 𝐌𝐚𝐜𝐤𝐞𝐧𝐳𝐢𝐞
𝐋𝐨𝐬 𝐀𝐧𝐠𝐞𝐥𝐞𝐬
𝐂𝐚𝐥𝐢𝐟𝐨𝐫𝐧𝐢𝐚

"A mais nova queridinha da América, é vista novamente em mais uma de suas aventuras noturnas". Era isso que dizia o jornal que Safira tinha acabado de jogar em cima de meu prato vazio no café da manhã.

— É inacreditável a forma como você é incompetente e inútil Marjorie — Ela diz enquanto fuma um cigarro do outro lado da mesa.

— Só um pouco de paz só isso que te pedi, mas em vez disso você mais uma vez aparece como capa de jornal por suas travessuras e ainda me faz o desfavor de quase ser assassinada.

Eu reprimo um grito, eu quase morri porra! Pare com isso! Pare de sempre fazer o assunto ser sobre você e como isso te afeta ou não.

— Pare de agir como se nada demais tivesse acontecido e comece a ser uma mãe descente, um ser humano descente se você souber o que é isso, é claro.

É isso que eu quero gritar em sua cara agora, mas não tenho forças, meu corpo dói, minhas pernas parecem de gelatina e minha cabeça é uma escola de samba lotada de demônios que não calam a boca.

Sua voz irritantemente doce faz minha cabeça doer ainda mais e querer explodir, o que mais me irrita era como ela fala de ontem como se eu tivesse procurado por aquilo.

Como se tivesse acordado um dia e dito: "Caramba mas que belo dia para sofrer uma tentativa de assassinato" nada daquilo era culpa minha, não pedi por isso, na verdade, nunca pedi nada do que tenho.

Ela continua a reclamar, acho que isso é a única coisa que ela sabe fazer, então apenas me concentro no espaço à minha volta.

A escada de mármore e as paredes brancas, o candelabro de cristal no meio na mesa com velas derretidas pela metade, no vaso de rosas ao lado dele, e o enorme lustre de cristal sobre nossas cabeças, apenas foquei nele

Quando era pequena, durante as aulas de etiqueta quando minha mãe brigava comigo pela minha postura e batia em minhas costas com uma régua, eu imaginava a pequena possibilidade de aquele lustre cair sobre nossas cabeças, mais especificamente sobre a dela.

Lembro que naquela época eu balançava a cabeça e dizia que eu estava louca e repetia para mim mesma que aquela era a minha mãe e que ela me amava e eu também.

Às vezes me perguntava o que a Marjorie daquele tempo pensaria de mim agora. Talvez pensasse que eu era um monstro, porque poderia até mesmo rezar para isso acontecer e não sentiria qualquer remorso.

— Será que você pode prestar atenção no que estou dizendo Marjorie Mackenzie?! — Ela grita e assusta o mordomo ao seu lado e a mim, fazendo-nos pular.

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