Capitulo Um

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Manuela Narrando.


Eu tinha vindo da festa já era quase de manhã de uma colega da escola e eu estava morta de sono. Mas logo hoje, minha mãe resolveu bater em meu quarto e dizer que estava esperando pra tomarmos café. Ela nunca para em casa, sempre esta ocupada com seus serviços e resolveu logo hoje para ficar em casa. Ainda a ouviela bater no quarto ao lado que era do Felipe e gritar com ele. O que fazia meu coração doer toda vez que isso acontecia.
Eu tenho dezoito anos, estou no ultimo ano no colégio preste a me formar, tenho amigas que não vivo sem, e vivo minha como muitas por ai, quero festas, ficar com os gatinhos e curtir. Moro com meus pais que são Paulo e Daniela, eles são advogados super importantes que nunca tem tempo pro os seus filhos. Eu tenho uma boa relação com eles, mas minha mãe não tem isso com Felipe. Felipe é meu irmão adotivo, ele esta fazendo cursinho na mesma escola que estudo e ele é totalmente diferente de mim. Eu sou loira, branca e de olhos escuros. Ele é moreno, cabelo escuro tem os olhos verdes e covinhas quando sorrir, lindo demais. Mas voltando pra minha mãe, desde que me entendo por gente, minha mãe nunca se deu bem com ele, nunca tentou uma aproximação de mãe e filho. E nunca gostou de me ver junto com Felipe, mas pra tristeza dela, eu sempre gostei de ficar com Felipe. Ele brincava comigo quando era mais nova, sempre foi nas festinhas da minha escola e esteve em todos os momentos da minha vida, diferente dela que vivia só para o trabalho. Felipe é mais que o meu irmão, é meu melhor amigo. Fico triste de ver como ele é tratado pela minha mãe, ela esta perdendo um grande homem. O meu pai? Ele nunca discorda dela, sempre fica na dele e se discordar não diz nada na frente da gente.
Depois que me arrumei, desci e cumprimentei todos que estavam ali. Lipe estava sentado com a cara fechada, dei um beijo em sua cabeça e senti os olhares da minha mãe em nós dois.
— E como foi à festa ontem, filha? — perguntou mamãe sorrindo.
— Legal, me diverti bastante. Ah, Lipe hoje tem lual né?
— Sim. — Ele respondeu sem me dar atenção.
Resolvi deixar ele quieto, e voltei atenção para a comida que estava na minha frente. Quando fui pegar um biscoito, o Lipe acabou pegando e eu fiz um bico e rir junto com ele. Mas minha mãe não tinha gostado e fechou a cara encarando o Felipe.
— Você não viu que ela ia pegar Felipe? Dê para ela! — Minha mãe falou e meu pai abaixou o jornal olhando o que estava acontecendo.
— Eu peguei primeiro cara.
— "Cara"? Está pensando que está falando com quem? Hein? — Minha mãe já gritava com ele, toda grossa.
— Mãe? Deixa, eu posso comer outra coisa, sem problemas.
— Toma Manuela — Lipe falou e jogou o biscoito pra mim e saiu da cozinha sem nem terminar de comer. Eu não gostava dessas brigas e principalmente de eu estar sempre no meio delas.
— Esse garoto está precisando de limites! — Ela falou pro meu pai, que encarou a mesma e rebateu ela, mas nem prestei atenção, afastei a cadeira e pedi licença, indo atrás dele.
A porta do quarto estava encostada, coloquei a cabeça pra dentro do quarto e vi-o deitado sem camisa, mexendo no celular. Entrei e fechei a porta, ele me olhou e bufou virando pro celular de novo. Sentei perto dele e fiquei passando a unha em suas costas.
— Lipe, não fica bolado com isso, me desculpe por isso.
— Não é a sua culpa Manuela, esquece isso. Pode sair do meu quarto?
— Não, eu sei que não tenho culpa, mas eu nem queria o biscoito depois que você pegou. — Fiz um bico tentando mudar sua feição de bravo.
— Bico é sacanagem, vou morder ele se continuar. — Ele sorriu e meu coração ficou acelerado. Sentir minhas bochechas ficarem vermelhas e sorri. Ele deitou a cabeça no meu colo e eu fiquei fazendo carinho em seu cabelo.
— Não entendo essa implicância dela comigo, fico me perguntando por que me adotou se não gosta de mim. — Suspirou, fechando os olhos.
— Não fala assim, ela gosta de você, mas não sei explicar o porquê disso... É estranho demais. — Falei, e fiquei passando a unha no seu braço e subindo para o seu pescoço, vendo que ele se arrepiava com isso.
— Quer parar com isso praga? — Eu rir e continuei com o carinho. Ele fechou os olhos de novo, e eu sorri.
Eu não deveria ficar assim com ele, mas era mais forte que eu. Era bom demais.
— Ta brincando com fogo menina. — Ele falou, sorrindo e levantou do meu colo.
— Você gosta bonitinho.
— Por isso mesmo, sou safado e você minha irmã.
Ele me abraçou e sentir sua boca encostar-se ao meu pescoço e me beijar ali. Fiquei toda arrepiada e ele sabia por que sempre fazia a mesma coisa comigo. Ele mordeu de leve e foi dando beijinhos, dando um chupão devagar.
— Isso não pode Lipe, vou ficar roxa.
— Vai nada branquela. — Ele disse rindo. Dei um tapa em seu braço. — Vou sair daqui a pouco.
— Pra aonde? Não vai almoçar aqui?
— Pra onde? Não vai almoçar aqui?
— Vou não, vou almoçar com a Dri.
— Hum... Que bosta, tinha pessoa melhor não? — falei enquanto revirava os olhos. Quando não é a Vanessa, é essa garota. Ninguém merece.
— Não entendo essa implicância com a garota, ela nunca te fez nada.
— Ela é falsa, pega todos, quer mais motivos?
— Ela não é assim, você está sendo injusta com a garota.
— Vídeo dela por aí transando não é nada demais?
— Isso já faz tempo Manuela.
— Mas não tirar a fama dela.
— Que até hoje só você coloca essa "fama" na garota.
— Você só tem peguetes ruins.
Revirei o olho e ele deu um sorriso me olhando. Ele passou a mão na minha cintura e apertou com vontade. E veio pra cima de mim, beijando meu pescoço. Virei meu pescoço, dando maior acesso pro seus beijos. Puxei seu cabelo, e ele já tava deitado em cima de mim. O celular dele deu um toque e olhei, revirei os olhos quando vi quem era.
— Para de ciúmes hein? — Ele disse saindo de cima de mim e rindo. Dei um sorriso forçado e me ajeitei no espelho.
— Vai voltar pra casa ainda hoje? — Perguntei, vendo escolher a roupa e indo pro banheiro.
— Sim.
Dei um sorriso e sai do quarto. Fui até meu quarto e me olhei no espelho. Tinha uma marca enorme de roxo, ele me paga.


Felipe Narrando.

Enquanto me arrumava, pensei em como Manuela mudava meu humor em pouco tempo. Minutos atrás eu subi irritado com minha mãe e logo depois aquela baixinha conseguiu tirar um monte de sorrisos de mim. Não éramos irmãos de sangue, mas cresci com ela, então ela era sim minha irmã. Meus pais não sabem que eu descobrir que sou adotado, nunca contei pra eles e nem tenho vontade. Apesar de tudo, sou grato por eles terem me dado educação, estudos e um lar pra morar. Quando eu era mais novo, ainda tinha o sonho de me dar bem com minha mãe, mas quando cresci vi que era impossível. Eu me sentia um pouco covarde de não dizer o que sabia e confrontá-los, mas eu não conseguia ainda isso. Não queria colocar Manuela nessa confusão toda, porque toda vez de alguma forma ela sempre acabava se envolvendo nas brigas que Daniela tinha comigo.
Quando Manuela nasceu, ela era linda demais, branquinha igual uma nuvem. Toda perfeita e eu ficava doido pra segura-lá, mas minha mãe evitava todos os jeitos. Só meu pai e minha avó que colocava ela em meu colo e eu me sentia completo com isso. Fomos crescendo, eu sendo um ano mais velho que ela, então sempre brincava com ela, dava carinho pra ela quando minha mãe não estava perto. Manuela foi criada por babá, então passei muito tempo com ela. Hoje em dia, Manuela estava se tornando uma grande mulher e maravilhosa, quero estar ao seu lado pra tudo, assim como sei que ela estará do meu lado sempre.
Bom, vamos falar de mim agora. Não sou daqueles garotos bombados, que chama atenção aonde chega, mas tenho um corpo bonito que atrai algumas mulheres, e meus olhos azuis ajudam bastante. Manuela sempre sente ciúmes das meninas que me envolvo, principalmente da Vanessa. Vanessa é quem fico sem compromisso, mas eu sei que seu sonho é que eu peça em namoro, mas não me sinto pronto pra isso, não sinto o meu coração acelerar como é com... Para, não posso ir por esse caminho!
Como faço cursinho na mesma escola que Manuela, eu sempre encontro meu melhor amigo e confidente Lucas. Somos amigos desde novinhos e ele é um irmão que nunca tive. E ele levava a vida tranqüilo como eu levava, a gente curtia sempre estar em festas, garotas e praia. Único problema que eu carregava comigo, era minha mãe, mas eu espero um dia resolver isso.

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