Capítulo Três

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  As horas iam passando e a noite indo embora.  Quando foi quatro da manhã, vi o Lipe ficando com uma garota ruiva, que eu não conhecia. Fabi chegou do meu lado furiosa, e a Luiza só me olhava, só que disfarcei minha reação. Deixei elas duas conversando e fui beber com as meninas e quando estava virando o quarto copo, pedi outra bebida e o Lipe apareceu com seu amigo que ficou olhando a Luiza e a mesma fingindo que nem era com ela.
  — Está bebendo o que?  — Me perguntou.
  — Sei lá, já bebi tanto — Soltei uma risada.
  — Você está bêbada Manuela? 
  — Não e vamos curtir vai!
   Rir, mexendo meu corpo e puxei o Lipe com uma mão e a outra puxei Luiza. Ficamos dançando quase todas as músicas. O amigo do Lipe, que era o Lucas chegou e entrou na rodinha pra dançar também. Só que ele sem querer pisou no pé da Luiza e a mesma se irritou com o rapaz, começando uma discussão boba. Lucas saiu de perto e foi dançar com outra menina.
  — Viu como ele é? Pisa no meu pé e me deixa falando sozinha depois. É um moleque mesmo. — Luiza disse observando ele dançando. Dei de ombro e virei pro Lipe.  Coloquei meus braços por cima do ombro dele e juntei nossos corpos. Olhei em volta e não tinha ninguém conhecido por perto. Colei meu corpo no dele e ele segurou forte em minha cintura. O ritmo da música mudou e começo o funk, virei de costas pro Lipe e encostei minha bunda no seu pau. Ele apertou mais minha cintura e eu comecei a rebolar, já dava pra sentir o volume e eu estava adorando. Ele segurou em meus cabelos e foi puxando.  Estava muito gostoso e eu só queria me virar e acabar com minha vontade de beijar sua boca.  Meu corpo separava dele e ele me puxava batendo minha bunda no seu pau. Quem olhava, deveria pensar que estávamos fazendo outras coisas ou que estávamos juntos, e não era por falta de vontade.
   Virei de frente pra ele e grudou nossos corpos, fomos até o chão juntos.
  — É melhor irmos pra casa Manu, vamos? 
  — Vamos.
   Dei a mão pra ele e fomos andando até o carro.  Como moramos em um condomínio perto daqui, logo chegamos, peguei meu celular e vi que tinha uma mensagem da Luiza dizendo que tinha ido embora, respondi-a dizendo que estava em casa e ela pediu pra eu ter juízo. Olhei pela casa e vi Lipe sentado no sofá. Dei um sorriso de lado e antes que eu evitasse, sentei em seu colo.
  — Ta tudo bem?  — perguntei alisando seu rosto e virei de frente. Ele colocou a mão na minha cintura e me olhou.
  — Tudo sim, ta com sono? 
  — Não e você? 
  — Não também, estou com vontade de beijar você. — Ele disse e eu fiquei olhando ele, aquela boca chamando minha atenção. Mordi meu lábio inferior.
  — Não podemos,  até o que fizemos é errado.
  — Eu sei, mas não consigo me arrepender e a vontade é enorme. — Ele disse alisando meu rosto e passando o dedo pelo meu lábio. Peguei seu dedo e dei uma mordida olhando pra ele, ele fez uma cara de safado.
  — Eu também não me arrependo, é gostoso demais. — Admiti, dando um sorriso de lado tímido.
  — Acho que se dermos selinho não vai ter ruim assim, não falam que selinho não é ficar? 
  — É, me abraça Lipe? 
   Ele me abraçou sem que eu pedisse duas vezes. E eu me encostei mais nele. Ele virou seu rosto e me deu um beijo no canto da boca. E foi chegando perto, até que encosto sua boca na minha. Ele roçava nossos lábios, mordia e minha vontade era de abrir a boca e beijar de verdade. Nossas bocas se roçavam sem esforço nenhum, nossas bocas se encaixavam pedindo por mais.
  — Não Manu, isso não é certo mesmo... — Ele disse se afastando e me tirando do seu colo, olhei confusa pra ele — Fomos criados como irmãos, mesmo não sendo, isso é errado. Desculpa-me por isso, vamos esquecer por favor. 
   Ele levantou e subiu as escadas correndo.  Fiquei um tempo ali me acalmando, até que fui pro quarto. Tomei um banho rápido e fiquei no quarto pra trocar de roupa, e escutei a porta da sala abrindo. Fui até a janela e vi a Vanessa na calçada sorrindo e o Lipe indo até ela, lhe deu um beijo rápido e saíram com o carro. Sentir meu coração doer, fiquei sem acreditar no que estava vendo e sentir meus olhos queimarem. Mas eu não daria esse gostinho pra ele, foi ele que me dispensou e eu não ficaria sofrendo por isso. Se ele queria agir como se nada tivesse acontecido, então seria assim.
    No domigo, acordei cansada demais e logo me lembrei de tudo o que aconteceu com o Lipe,  aquele idiota. Levantei, fui até o banheiro, fiz minha higiene e desci.
  — Minha filha, sente-se aqui conosco. Estávamos esperando você. — Minha mãe apontou para a cadeira ao seu lado e eu me sentei na mesma.
   A manha ocorreu tranquila, ninguém falava nada e eu evitava de olhar para Felipe. Se meus pais perceberam isso, eu não quis olhar, só queria ficar sozinha no meu canto.

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