Did you call me baby? - Chensung

Bônus (ponto de vista do Chenle)

Fazia uma semana que não falava direito com ele. Quando eu o convidei para sair, ele deu desculpas.

A realidade é que eu já sabia que Jisung gosta de mim; ele não é muito bom em esconder coisas, pelo menos não de mim, e o dia na festa só confirmou isso. Eu não estava mais à vontade naquele lugar barulhento quando ele saiu correndo.

Quando o ouvi chorar baixinho na calçada, meu coração doeu. Decidi não deixá-lo saber que o vi chorar porque ele detesta ser visto chorando, mas eu precisava estar lá para enxugar suas lágrimas.

"O que você faz quando o problema do seu melhor amigo é você?" tornou-se uma preocupação regular para mim. Eu queria falar sobre isso com Jisung, mas também precisava dar a ele tempo para refletir e não me intrometer onde não fui chamado. Park Jisung despreza pessoas intrometidas.

Não falei com ele até que ele viesse falar comigo, mas enviei algumas mensagens para ter certeza de que ele estava bem.

Enquanto estávamos distantes, percebi o quanto eu sentia falta dele e como ele estava sempre comigo. Quando afirmei que éramos almas gêmeas, não estava mentindo.

Não tenho certeza há quanto tempo ele está apaixonado, mas estou curioso.

Eu também não tenho certeza se gosto dele. Sim, eu o amo e ele é meu melhor amigo, mas um relacionamento amoroso é repentino demais.

Isso não é uma fanfic.

Ok, talvez seja em algum outro universo. Mas, para mim, é a vida real; Não vou me apaixonar da noite para o dia.

Ele chegou à minha porta enquanto eu pensava nisso.

— Por favor, entre — assim que abri a porta, eu disse.

— Desculpe por sumir — ele se desculpou.

— Relaxa. Você também deve ter coisas para fazer. Eu entendo — para tranquilizá-lo, sorri.

— Eu preciso falar com você — depois de um suspiro, ele disse.

— Então vamos para o quarto — eu sugeri.

Na minha cama, sentamo-nos frente a frente.

— Você já sabe como eu sou paciente. Leve o seu tempo organizando o que você tem a dizer — tentei fazê-lo se sentir à vontade. Cheguei a pensar em dizer que sabia de tudo para poupá-lo do constrangimento, mas percebi que seria melhor ficar quieto.

Depois de alguns momentos, ele começou a falar.

— É difícil falar em voz alta, principalmente porque você é a causa de tudo — ele começou a mexer os dedos em nervosismo. — Eu só queria expressar minha admiração por você, Chenle. Eu estou apaixonado por você. Estou totalmente apaixonado por você como pessoa, pelo seu jeito e, acima de tudo, pelo seu riso. Sua risada é uma das minhas coisas favoritas — ele respirou fundo e exalou lentamente. — Não sei o que há de errado comigo. Prometi a mim mesmo que nunca revelaria meus sentimentos, mas aqui estou. Quando contei a minha avó sobre isso, ela sugeriu que eu tentasse falar com você — riu envergonhado. — Desculpe por isso. Eu só queria que soubesse que é você quem faz meu coração disparar dentro do meu peito.

— Espero que você não fique irritado ou envergonhado, mas eu já sabia — eu disse após um suspiro.

— Eu sou um idiota completo! — seu rosto estava escondido atrás de suas mãos.

— Jisung, eu também te amo, mas não da mesma maneira — segurei suas mãos nas minhas e expus seu rosto corado. — Ainda não.

— Ainda não? — ele perguntou, perplexo.

— Estou pensando nisso há alguns dias. Não me apaixonei por você, mas ainda posso fazer isso — eu me expliquei. — Você pode tentar me conquistar. Se funcionar, vou convidá-lo para um encontro — o beijei na mão. — O que você acha? Você não é obrigado a aceitar nada se achar que isso vai prejudicá-lo ...

— Mas está tudo bem eu ser um menino? — a pergunta me fez franzir a testa.

— Está tudo bem se for você — eu dei de ombros, sentindo meu rosto esquentar.

— Então eu gostaria de tentar — ele respondeu imediatamente.

— Certo, Jisung. Faça-me sentir o mesmo que você. Quero sentir meu coração bater por você da mesma maneira que faço o seu. Quero te amar tanto quanto você me ama — sem desviar meu olhar para longe dele, eu disse.

— Fechado, Chenle.

Nunca vi Park Jisung sorrir tão lindamente em todos esses anos.

Acredito que me apaixonar não será difícil, afinal.