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Enquanto eu estava a estudar com Luke, minha mãe aparece segurando uma bandeja onde tinha duas fatias de bolo e dois copos de suco, um sorriso cresceu em seu rosto e colocou a bandeja em cima da cama. Luke ergueu seu corpo e abandonou o livro de exercícios ao seu lado.
"crianças, dêem uma pausa nos estudos, hora do lanche." disse ela entregando uma fatia de bolo para cada um de nós.
Olho para o relógio que fica em cima do meu criado mudo ao lado da cama e vejo que já se eram três da tarde, Luke se senta na cama e eu me levanto para pegar um suco. Sento-me ao seu lado e saboreio o sumo de laranja junto com um pedaço do bolo de baunilha.
"Obrigada, mãe" digo de boca cheia fazendo-a me lançar um olhar repreensor.
"se quiserem mais peguem lá na cozinha, tenho que ir para o centro tratar de uns compromissos." a mesma fala e logo que abre a porta e verifica se estamos bem e logo ela sai sem se despedir.
"Tchau pra você também, Eva Deli " ironizo enquanto revirava os olhos.
"sempre és assim com tua mãe?" Luke pergunta me olhando com o cenho franzido.
Olho para o mesmo e encaro aqueles olhos azuis quase cinzas por um bom tempo, antes de me tocar que eu o estava admirando demais e desvio o olhar para o prato com a minha fatia de bolo.
"Assim como?"
"Assim tão...insensível" ele fala e bebe um gole do seu suco.
Arqueio uma sobrancelha, vejo que o menino Luke agora estava com um sorrisinho quase inexistente no canto da boca.
"P.s: eu não sou insensível" falo com a boca cheia e ele deixa suas covinhas aparecerem.
"P.s: mas parece" ele diz imitando meio tom de voz.
Bufo alto e reviro os olhos enquanto viro-me para pegar meu copo de suco, mas acabo caindo da cadeira e o mesmo acaba por rir, finjo ter me machucado e ele acaba por rir ainda mais, se deitando na cama enquanto eu me levantava e o encarava seriamente.
"Seu, insensível." falo e logo acabo por me contagiar.
"mas..." ele inicia mas ele acaba por rir novamente, seu rosto já estava todo vermelho assim como o meu também deveria estar.
"P.s: Aflita com teu ato de ajudar o próximo" digo e ajunto do chão os objetos que eu tinha deixado cair.
"Hastag: Desculpa" ele fala tentando conter o ataque de risos, o que foi em vão.
Cruzo os braços enquanto observo aquele garoto estranho da escola que quase não falava um "oi" agora apertando a barriga e se matando de rir. Arqueio uma sobrancelha e tento não encará-lo por muito tempo, mas tanto quanto os olhos quanto o seu sorriso era como se fosse hipnotizantes.
"Tenho que ir, minha mãe pode ficar preocupada " diz ele se levantando da cama quase sem fôlego e arrumando suas coisas.
"Você é estranho" digo ajudando-o.
"Como assim?" pergunta o mesmo me olhando como se eu fosse algum enigma indecifrável.
"Na escola me deu a entender que tu era mesmo um estúpido, quando viemos para cá você agiu como se fosse alguém que eu conhecesse há séculos, , não posso duvidar que amanhã você talvez nem olhe na minha cara" digo, mas logo me arrependo quando vejo que seu rosto começou a se envermelhar de novo e ele começou a jogar as coisas em sua mochila como se fosse jogar lixo em uma sacola.
"Bom, talvez eu sofra mesmo de bipolaridade se é isso que está afirmando" ele diz rapidamente.
"Eu não estou afirmando, mas você realmente muda de humor rápido" falo me afastando um pouco dele "Por que está com raiva?" pergunto, mas parece que só fiz foi piorar a situação.
Ele não diz nada, apenas fecha o zíper de sua mochila e sai do quarto como se eu não estivesse ali. Desço as escadas tentando alcançá-lo.
"Hey, volta aqui a gente tem que discutir sobre como vai ficar o trabalho" falo parando na sua frente.
Mas ele apenas me ignora e sai pela porta da frente, me deixando sozinha na sala. Bufo e subo novamente, entro em meu quarto e fecho a porta com tanta força que faz o chão estremecer. Me deito na cama e solto um grunhido de raiva, talvez raiva de mim ou raiva dele, ou raiva de tudo.
"Papagaios!" grito.
"Unicórnios!" alguém diz do outro lado da divisória, me fazendo tomar um susto.
Abro a porta e encontro um possível retardado que precisa de tratamento contra algum vírus grave que afeta seus neurônios.
Ashton me encara ao mesmo tempo que eu o encaro. Eu estava prestes a soltar toda a minha gramática de palavras sujas e ofensivas, mas tive que me conter, pois a qualquer momento eu poderia explodir, então apenas respirei fundo várias vezes e soltei o ar lentamente.
"Há quanto tempo você está aí?" pergunto olhando para o menino de cabelos bagunçados.
"Há tempo suficiente para ouvir o ataque de risos de vocês dois" debocha ele soltando uma risada.
"Mamãe sabia que você estava aí?" ele nega com a cabeça e se encosta no batente da porta "Ashton, você matou aula?" pergunto e o mesmo apenas dá de ombros.
"Talvez sim ou talvez não" ele diz rindo, mas eu o conhecia o suficiente para saber que ele tinha cabulado as últimas aulas.
Conto até 10 para não esquartejá-lo com o primeiro objeto afiado que me der na telha, mas apenas fecho a porta e o deixo para o lado de fora. Deito na cama e tento mais uma vez relaxar, mas minhas tentativas de ficar em paz fora tragicamente estragadas por um som alto junto com risadas e palavrões vindo do quarto de Ashton. Me levanto e caminho em passos largos até a porta de seu quarto com várias placas de "não ultrapasse" e de "Perigo" pregadas na mesma. Vejo que a porta estava ligeiramente encostada e a empurro encontrando Calum, Michael e Ashton admirado um artefato pornográfico que muitos velhos punheteiros chamam de "Playboy".
"Ahton! dez segundos para abaixar essa porcaria e se livrar dessa revista antes que eu ligue para mamãe para contar que você matou aula para vim vadiar em casa com seus amigos" cruzo os braços e fuzilo os três.
"Mike, diminui o volume" diz Ashton assumindo sua derrota.
" Aprenda a ser menos idiota, se ainda quiser que eu te chame de irmão" falo saindo do quarto e desistindo de voltar para o quarto e tentar mais uma vez recuperar minha zona de boa positividade.
Vou até a sala e procuro por meu celular, assim que o acho conecto os fones de ouvidos nele e dou um play na minha playlist de músicas calmas. Calço meus tênis e saio pela porta da frente e começo a andar sem rumo pelas ruas.
...
"Então ele saiu sem mais nem menos sem se despedir?" Sara pergunta enquanto leva um punhado de pipoca amanteigada até a sua boca.
"Foi e ainda por cima tive um desentendimento com Ashton" digo enquanto olho diretamente para crianças brincando na rua.
"Que merda hein?"
Rio junto com ela e como um pouco de minha pipoca, realmente meu dia está uma merda e não faço ideia do que virá amanhã, talvez apenas uma tensão entre Luke e eu ou talvez outra briga, realmente eu gostaria de prever o futuro, assim eu poderia ser mais responsável pelos meus atos.
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Lost Boy (L.H) -Edição em andamento
FanfictionUm sentimento tão abstrato em uma linha de raciocínio tão oculta. Rosie e Luke já tinham experimentado todos os tipos de amores, agora é a vez deles experimentarem o amor que sentem um pelo outro. Não demoraram para entender que o primeiro amor dele...