Era mais um dia como todos os outros, mais um daqueles em que meus pensamentos pairavam em assuntos totalmente aleatórios - junto de rostos conhecidos e desconhecidos.Em uma manhã onde o céu encoberto pelo cinzo trazia consigo a chuva - não era algo realmente ruim, amava demais tal clima por algum motivo desconhecido.
Isso me trazia uma sensação de paz, sentir o cheiro de asfalto ou terra molhada acalmando minha mente sempre tão tumultuada de pensamentos e reflexões - entre uma vida que se foi e outra que se nasce, entre um destino já criado e um que estava para vir a existir.
Enquanto pensava sobre isso, fixei meus olhos no céu cinzento sentindo as gotas caírem em meu rosto, fechei os olhos, sentindo cada gota cair em mim.
Ah, essa sensação tinha o poder de acalmar todos os meus nervos sem que eu pudesse compreender como.
Ouvia o barulho dos carros e as pessoas falando, sempre com tanta pressa em chegar a algum lugar ou em chegar a lugar nenhum.
Voltei a andar, sem ligar para as pessoas ao meu redor enquanto cultivava o silêncio e a calma, atravessando a rua onde os carros estavam parando, esperando os pedestres atravessarem.
Suspirei, limpei a água escorrendo de meu rosto querendo poder ver melhor o outro lado da calçada, ter alguma segurança para poder atravessar.
A cada passo mais perto do outro lado, senti algo em minha alma, uma sensação de deja vú que me trazia euforia e uma sensação de felicidade genuína sem que eu soubesse da onde ela vinha - parecendo me chamar, me levar a uma força totalmente diferente de tudo que já senti.
Mesmo que me perguntasse, questionasse em dúvida do que isso poderia significar minha alma parecia saber o que minha mente havia esquecido, de onde raios surgiu tamanha certeza?
Procurei em meio a multidão, era tão forte esse sentimento e tão certo como se estivesse perto o suficiente para meu braço tocar, as batidas de meu coração ameaçaram ficar cada vez mais intensas - comecei a arfar com a intensidade dessa emoção.
Parei do outro lado da calçada, procurado freneticamente entre as pessoas sem saber quem, mas confiante o bastante para persistir nisso.
Nessa hora, me esqueci de minhas obrigações diárias e necessárias, apenas persistindo em tentar entender o que raios era essa sensação intensa em minha alma.
Eu sabia que, além da chuva, minhas mãos suavam e minha respiração estava descompensada - junto de meu coração que batia cada vez mais rápido em seus tum tum tuns.
Fechei por um instante meus olhos, querendo respirar calma e profundamente tranquilizando meu ser, me concentrando no ambiente ao meu redor junto da sensação que me levava a determinada direção.
Ao abrir os olhos, me sentia melhor,
foi com essa certeza que caminhei para perto daquela outra pessoa parada e estática na rua, me encarando de olhos arregalados e boca aberta - parecendo tão surpresa em me ver ou entender quem era quanto eu me sentia perdida.Minha insegurança queria me fazer recuar, o medo querendo tomar forma e me levar para longe do outro - quem seria ele para ter tanto poder sobre minhas emoções?
Naquele momento, tudo para mim parecia estar em câmera lenta e a única coisa importante era entender quem seria aquele rapaz me observando tão perplexo.
Eu o conheço, já o vi ou chegamos a conversar?
Por qual motivo tinha essa porcaria de certeza em meu coração, qual seria o significado dessas imagens passando pela minha mente e a profundidade de minhas emoções em cada uma delas?
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Promisse
FanfictionAs histórias sempre se conectam, de uma forma ou de outra você crendo ser acaso do destino ou os fios da vida se encontrando. Talvez duas almas sejam destinadas a se reverem, tanto para se ajudarem nessa existência e ir adiante em seus objetivos - s...