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Olá queridos, aqui é a Hanna!

Como todos sabemos, essa história é um adaptação, originalmente o livro se chama "Lev" e pertence a Belle Aurora. (Na versão original, é hétero.)

Alguns de vocês possivelmente já chegaram a ler essa história adaptada para os Taekook, sim, já foi adaptada por um autor aqui do site mas infelizmente o perfil que possuía a adaptação foi apagado e a história junto. Eu conversei com ele para saber se ele tinha pretensão de reposta-la, e caso não tivesse, eu postaria se estivesse tudo bem pra ele, já que ele foi o primeiro a postar, nada mais justo do que perguntar. E ele disse que tudo bem, contando que deixasse claro que eu não sou ele. Portanto, não confundam.

A História está passando por uma reconstrução, tal como mudanças de personagens e principalmente betagem para melhor interpretação!

Dito isso, boa leitura 💛

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TAEHYUNG
Pov

Eu estava morrendo. Não tinha certeza de mais nada na minha vida.

Quando me sentei no beco, olhando para a parede de tijolos sujas e pintadas com substâncias que eu preferia não imaginar.

Me perguntei se este seria o lugar que isso iria acontecer. Meu estômago se queixou com um grunhido alto e, ao invés de sentir fome, dor me consumia. Meus lábios tremeram e eu me enrolei em uma bola, abraçando minhas pernas dobradas contra meu peito, minha testa descansando sobre os joelhos.

Foi então, que escondido dos olhos curiosos dos espectadores, eu chorei.

O calor das lágrimas que derramei dificilmente eram um conforto para mim. Eu, entretanto, me consolava em saber que ainda sentia alguma coisa. Qualquer coisa. Estava morrendo de fome, literalmente.

Fazia dias que eu não comia nada. Na semana passada, eu havia me tornado tão desesperado que comi do lixo. Meu desespero se transformou em arrependimento em uma questão de horas. Vomitei tudo por conta da comida rançosa, deixando meu estômago mais vazio do que já estava antes.

Não arriscaria novamente, não valia a pena. Tudo isso me deixou mais do que desesperado, eu não tinha mais esperança. Eu não estava pronto para aceitar esse destino, calmamente eu percebi que eu não seria nada mais do que uma simples estatística se eu não fizesse nada para mudar essa situação.

O primeiro item na minha lista: encontrar comida.

Era tarde. Os sons das ruas da cidade foram se acalmando e muitas das lojas a minha vista tinham desligado os seus neons. Eu precisava me mover rapidamente se eu quisesse ter qualquer chance de encontrar algo para comer.

Puxei o espelho compacto para fora do meu bolso e limpei as manchas do rímel de três dias atrás debaixo de meus olhos. Eu não precisava de um espelho para me mostrar que eu estava pálido e que minhas bochechas estavam fundas, já me sentia como um esqueleto ambulante. Parecia um também.

Minha clavícula estava duramente saltada, meus ombros estavam pontudos e minhas bochechas tinham ossos aparentes que pareciam afiados o suficiente para cortar.

Eu escondi meu corpo com o casaco que eu tinha ganhado no abrigo de ômegas, mas não havia como esconder o meu rosto. Qualquer um poderia dizer que eu estava muito magro. Eu passei meus braços em volta de mim, o meu corpo tremendo em um estado constante de frio, e sai do meu beco. Não tive que caminhar muito antes de avistar um recipiente de isopor em uma mesa do lado de fora de um restaurante que tinha fechado para a noite.

L'enfer - KTH & JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora