XIII

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Essa história é uma adaptação do livro de Belle Aurora!

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J E O N G G U K
Pov

Dirigi para casa sem sentir minhas mãos. Fazer muito esforço dava nisso algumas vezes. Eu estava entorpecido, e enquanto conduzia até a minha casa, eu olhei para fora da janela do meu carro, sem saber se eu queria ou não entrar na minha própria casa.

Eu estava ansioso. Eu não gostava disso.

Lambendo meus lábios secos, saí do meu carro e fiz meu caminho até a porta da frente. Eu a abri e tentei ouvir quaisquer sinais de vida.

Não ouvi nada.

Meu coração errou uma batida. As luzes estavam desligadas. O único local que tinha iluminação era a cozinha. Fui direto para ela, e encontrei Jimin sentado na mesa da cozinha, uma caneca de café em suas mãos.

Ele sentou-se ali, de olhos
fechados, uma carranca gravada em seu rosto bonito, obviamente, não ouviu a minha entrada.

Limpei a garganta. Seus olhos se abriram e ele se virou. Ele sorriu tristemente.

- Como foi? Ele ainda está vivo? - Eu suspirei, flexionando os dedos doloridos.

- Vivo o suficiente para sentir minhas mãos nele por um longo tempo. - Suas sobrancelhas subiram.

- Você parou? - Ele deixou escapar um suspiro. - Eu não achei que você seria capaz de parar.

- Eu quase não parei. - eu confessei baixinho. Sua testa franziu.

- Por que você parou?

- Taehyung.

A testa do meu irmão suavizou, um olhar quente tomando conta.

- Ele é alguma coisa, hein?

- Ele é um desastre. - eu disse a ele. - O problema segue-o em todos os lugares. Ele me importuna quando eu não desejo falar. Ele sorri e ri de coisas que não são engraçadas. Ele rouba comida da minha mão. - Eu balancei minha cabeça. - Tudo o que o torna perfeito. - Jimin olhou para mim como se ele quisesse chorar. Limpei a garganta e perguntei: - Wooseok ainda está aqui?

Ele piscou rapidamente, engolindo em seco.

- Uh, não. Ele disse que parece que Seung-hyun não usou muito do que quer que ele lhe deu, provavelmente porque ele ja estava tão bêbado. Ele disse que ele ia dormir durante a noite e talvez algumas horas de amanhã. Você vai precisar acordar a cada hora e ver como ele está. -  Ele baixou os olhos. - Certifique-se de que ele está respirando.

- O quê? - Eu não achei que seria tão grave. Jimin encolheu os ombros e limpou a garganta, a voz embargada.

- Wooseok não tinha certeza se Seung-hyun deu-lhe o que ele disse que fez. Sem saber exatamente o que ele lhe deu, é difícil dizer qual os efeitos secundários podem ser. Porque ele é tão pequeno, sabe? Temos sorte de que tudo que ele tem são chupões. - O rosto dele desmoronou e ele mergulhou o queixo para esconder as lágrimas. - É minha culpa. - ele sussurrou, e balançou os ombros. - Eu deveria ter mantido um olho nele.

Fazia anos desde que eu vi meu irmão chorar e doeu assistir tanto hoje como naquela época. Eu fiz meu caminho até ele, agarrei-o pelo braço e puxei-o para fora de sua cadeira.

Ele não precisava ser persuadido. Ele se apoiou em mim, empurrando a cabeça no meu peito e chorando em silêncio. Enrolei um braço em volta dos ombros e usei a outra para acariciar o cabelo.

L'enfer - KTH & JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora