Capítulo 2 - Conversar

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Todos a observámos, como se ela fosse uma bomba preste a explodir. Mas Felicity continua inquieta esperando algo ou alguém falar, entretanto todos ficam paralisados e espantados. Como a garota tímida e insegura quer ser uma atriz? Só Felicity mesmo para ter uma ideia dessa.
Olho para mãe que parece está mais incrédula com isso, ela nem pisca e o pai está com um sorriso torto no rosto que parece mais está apavorado que animado. Então Felicity me encara, como se eu fosse ter uma solução.
Penso em algo,mas nada vem em minha mente, e dou de ombros.

- Ok. – Jay é o primeiro a se pronunciar. – Isso é uma piada né? – Ele fala sarcástico. – Cadê as câmeras escondidas, estamos em uma pegadinha agora. – Olho para ele, mas ele não para.- Qual é, Felicity! Você é a pessoa menos pro...

- Jackson, cala boca! – Digo já tendo uma noção que aquilo não acabaria bem, quando Jackson fala é sempre para ferir alguém. – Já deu!

- Não, continua. – Felicity, olha seria para ele. – Termina! – Ela o instiga.

- Jay não ouse terminar essa frase,- Pai se levanta na ponta da mesa. – vão todos para os quartos e eu sua mãe precisamos conversar! – Ele olha para mãe que continua em estado de choque. – E Quinn quero que converse com sua irmã!

Todos se retiramos da mesa e fomos para nossos quartos que fica no andar de cima, mas trago comigo Felicity que não está com seu sorriso radiante de sempre. Como a mãe ela agora aparenta está perplexa, entramos em meu quarto que fica no final do corredor ao lado do único banheiro que temos para dividir.
Meu quarto não está em sua melhor época; tem roupas em cima da minha cama, livros espalhados por todo canto,em cima da mesa ao lado computador, de baixo do tapete e em vários outros lugares, minha mala está no chão e minha guitarra embalada ao lado da TV.  Estou me mudando para meu dormitório da faculdade – NYU, a  universidade dos meus sonhos. -  Está tudo uma bagunça só, mas Felicity parece não se importar, ela tira uma caixa que estava na minha poltrona e se senta, olhando para estante de livros ao seu lado.
Ela pega um livro e começa a folhear, é Peter Pan, uma das minhas histórias favoritas.

Chego ao seu lado. – Sabia que quando eu era menor, eu sonhava em ser ele? – Pergunto, chamando sua atenção. Ela nega sem tirar os olhos do livro. – Bom, eu queria, mas não como um menino que nunca queria crescer,   e sim, um que sabia voar e falar com as fadas! – Digo animado e ela rir. – Mas tudo mudou, quando o pai me levou naquele studio e eu vi como tudo funcionava, como os livros se tornavam filmes! – Ela olha para mim.-Eu nunca mais consegui ler esse livro do mesmo jeito, pois não conseguia mais me ver voando pela nuvens sem ter um fio me segurando pela cintura. E eu queria, sabe, de verdade ser ele!

- Por que tá me  contando isso, Quinn? – Ela parece triste.

- Olha, Fel, ser ator é algo que parece um sonho que pode se tornar realidade, mas nem tudo é tão fácil como parece. – Ela me olha confusa. – Olha, eu entendo você, sei como é! – Digo olhando para ela.

- Entende? Igual a mamãe que ficou calada? Que fala que me entende, mas me olhou como se eu estivesse pedindo para entrar em uma máfia! – Felicity vomita seu desapontamento.

- Felicity, você nos pegou de surpresa. -  Vou até minha mala e a junto do chão colocando em cima da cama e começo a guardar as roupas que estão dobradas, dentro da mala.– A mãe foi pega de surpresa, ela teve uma reação apropriada, na minha opinião!

-Na sua opinião, é sério?...

- Você queria que te  descem um buquê de flores e aplausos? – Pergunto olhando bem para ela que dá de ombros. – Qual  é Fel! Você vive em um conto de fadas por acaso? Queria ser coroada princesa? Por querer ser atriz?
- Não é para tanto né, mas ser apoiada pela mamãe não seria ruim!  - Ela levanta da poltrona e desvia do meu olhar, olhando para trás de mim. – Olha seus prêmios dê teatro, tenho certeza que ela lhe apoiou quando quis isso. – Ela ponta.

Família Brown-WolfhardOnde histórias criam vida. Descubra agora