Sabe aquela sensação de ser observado? Eu sinto todas as vezes que vou a diretoria do colégio. Os olhos marrom que combinam exatamente com seu sobrenome do meio, me oprime com seu olhar crítico, enquanto caminho pelo corredor, consigo ver pelo canto do olho ele balançando a cabeça negativamente que bagunça seus cachos junto.Estou todo sujo de algo químico que parece fazer minha pele arder um pouco, mas o Sr. Conor - o homem de meia idade que segura meu braço com uma certa força, desnecessária. Me arrastando até a sala do diretor, e parece não se importar se aquilo está me fazendo algum mau, sua preocupação maior agora é só em se livrar de mim.
Novamente na sala do diretor, que com toda certeza é o local que eu fico mais tempo na escola, do que a própria sala de aula.
- Jay, o que você fez dessa vez? - Will anda rápido ao meu lado. - Cara, por que você faz essas coisas? - Ele agora mais perto, continua com seu olhar de crítico.
-Não é da sua conta, agora sai fora. - continuo a andar em frente, deixando ele para trás que ficou no meio do caminho.
Odeio, essa baboseira dele querer bancar o irmão bonzinho figindo que se importa comigo. Ele é um filhinho de papai que só se importa com seu próprio umbigo, Will pode até ter dividido o nascimento comigo, mas depois disso, tudo foi só para ele e eu não ligo. Porém não aceito.
- Jackson B. Wolfhard, sempre é um prazer, tê-lo em minha sala... - O diretor nem preciso me ver para saber quem é. - No que posso ajudar-lo hoje? Foi briga? Mentiras?
- Eu não minto! - O interrompo.
- Então, atentado ao pudor? O que foi hoje? - Sr. Oliveir termina de falar se virando de frente para mim, colocando uma xícara em cima da mesa.
Sr. Conor soltou meu braço. - Ele fez uma bomba caseira, com os produtos químicos da sala de aula...
-Não vejo nem um problema nisso, o senhor não é professor de química? - digo.
- E a explosão acabou com a minha aula, sujou tudo, fez até uma aluna chorar, mas ninguém se machucou. Graças a Deus!
-Mas a minha pele está ardendo. - Levantando a mão.
Sr. Oliver faz um sinal com a cabeça, permitindo que eu fosse ao banheiro.
- Sr. Wolfhard , esteja preparado quando voltar, pois hoje você não me escapa. - Sr. Conor me olha com um olhar vingativo. - Eu irei conversar com seus pais. - Saio da sala, mas ainda sinto seu olhar em minha nuca.
Não entendi para que tanta dor de cabeça, eu só fiz um experimento na aula de química, isso não deveria ser tão ruim, já que é para isso que serve essas aulas, não é?
Minha pele começa a arder e coçar demais, acelero o passo até o banheiro mais próximo que fica do outro lado da área de recriação ao ar livre, que fica em frente a sala do diretor. A pele pinica e já começo a correr em frente o mais rápido que posso.
Meu antebraço está cheio dessa gosma que queima minha pele, a única região que o moletom estava levantado, e o resto da gosma está sobre a roupa que aparenta não sofrer nem um dano. O ardor aumenta e parece que nunca vou chegar, mas ao passar pela árvore grande que fica no meio já consegui ver a porta de ferro do banheiro masculino.
Vou o mais rápido que consigo, mas na hora que vou abrir a porta uma garota sai do banheiro ao lado tropeçando em mim, ela cai em cima do meu braço com gosma.
-Ai, que merda garota! - Arde mais a cabeça dela pesando em cima, sinto como se estivesse arrancando minha pele. - Qual é, garota!
-Me desculpa... Ai, Ai... - Ela tenta levantar sua cabeça de meu braço, mais alguns fios de seu cabelo fica preso na gosma. - Nossa o que é isso ? - A loira fala com nojo.
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Família Brown-Wolfhard
Fiksi PenggemarEm uma realidade alternativa na qual, o amor de Finn Wolfhard por Millie Bobby Brown conseguiu ser mais forte que a opressão da fama. Eles constituíram uma família com quatro lindos filhos: Quinn, o irmão mais velho; Jay e Will, os gêmeos e Felicit...