Capítulo 1

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Luzes se refletiam em meus olhos, mas com certeza não era do sol. Minha cabeça dois bastante, na região da nuca, por baixo do cabelo. Eu não me lembro muito do que havia acontecido, apenas de estar caminhando até um mercado próximo e sentir uma forte dor em minha nuca.

Lembro-me de minha mãe ter dito para eu não demorar muito no mercado, já que eu apenas iria para comprar poucos ingredientes para fazer um bolo de aniversário.

Hoje é meu aniversário de 18 anos, e eu finalmente serei maior de idade. Mas antes de poder comemorar com a pequena festa que minha mãe estava preparando, fui sequestrada.

O por que? Eu não faço ideia.

{•}

As portas do pequeno cômodo em que eu estava se abre, causando um grande estrondo e revelando um homem. Me levanto em grande velocidade, pelo susto que acabará de tomar.

- Quem é você? - Pergunto eu.

- Se troque de roupa, após dez minutos volto aqui novamente. - Me ignora totalmente, jogando um saco com um conjunto de roupa. Ou melhor, lingerie.

- Por que você quer que eu me troque? E por quê eu estou aqui? - Exclamo.

- Não me faça perguntas, não irei responder. - Diz em tom rude

Simplesmente me calo com medo do que pode acontecer. Ele possuí uma cicatriz em seu rosto, ocasionada provavelmente por uma faca.

Assim que o homem da cicatriz sai do quarto, tiro meu vestido solto vestindo a lingerie. Não sei porquê obedeci a ele, apenas estou com medo.

A lingerie branca me deixou semi-nua, me dando um arrepios por conta do frio.

Depois de cerca de dez minutos, a porta se abre novamente trazendo o mesmo homem que me deu a lingerie.

- Ficou boa em você. Vamos, o Senhor Carricelli acabou de chegar.

Não sei quem é o tal "Senhor Carricelli", mas seu título de cortesia me deu calafrios.

O mesmo homem da cicatriz me leva a outro quarto, porém, dessa vez maior e com ar de elegância.

- Fique aqui, o Senhor Carricelli já deve estar vindo para o quarto. Não faça perguntas a ele, apenas o obedeça.

Desesperadamente e ansiosa, começo a abraçar a mim mesma em busca de me aquecer. Quando de repente, a porta do quarto onde estou se abre, mostrando um homem moreno - Muito Bonito - e que exala um ar de poder. Olho para ele confusa, e com medo do que pode acontecer.

Ele usava um terno com cor grafite, e seus cabelos estavam muito bem penteados, a primeira vista.

Sem falar nada, começa a se aproximar de mim, me fazendo se afastar dele.

- Você... É linda, César havia razão. Vamos ver quanto prazer você pode me dar em uma noite.

Não entendi sua fala sobre o prazer, o tipo de prazer que ele queria.

- Que tipo de prazer está falando? - Faço uma cara de dúvida, assim que pergunto.

- Sexo, sem compromisso é claro.

- Eu não permitirei que você tire minha virgindade sem ao menos saber quem é você. Mesmo se fosse por dinheiro - Esbravejo.

- Você é virgem!? Então o que está fazendo aqui? Não permitimos que garotas virgens virem prostitutas. - Exclama.

- Acredite, eu não sei o que estou fazendo aqui. Creio que fui sequestrada, e trazida até aqui.

- César mentiu para mim. Eu o disse que não era pra trazer garotas virgens, muito menos menores de idade.

- Acho que você foi enganado. Então, se vocês não permitem garotas virgens, por quê eu estou aqui? Era pra eu estar comemorando meu aniversário, com minha família.

Ao tocar no assunto de minha família, sinto uma imensa vontade de chorar, junto com um aperto no peito - provavelmente de saudade.

- Você não era pra ter chegado nem perto deste lugar, aqui é como se fosse o puro inferno.

- O que eu vou fazer? Não sei onde eu estou, e não sei o que vou fazer. Essa lingerie me incomoda bastante. Eu tenho uma única roupa, que está no quarto onde eu acordei.

- Não saia daqui, irei resolver tudo.

Assim que ele saí, vou onde está uma grande janela, coberta por uma cortina e a puxo. Olho para baixo e vejo uma rua bastante movimentada, está de noite. Me assusto com o barulho que a porta causou, quando foi aberta.

- Você terá que passar a noite em minha casa. A cidade muito perigosa para uma mulher ficar sozinha em um hotel.

- Eu não conheço você direito, como irei ir para a casa de um desconhecido?

- Será apenas uma noite. Você não irá morrer se apenas dormir uma noite em minha casa, no quarto de hóspedes.

Eu não queria aceitar, mas a única seria a melhor opção. Dormir em um pequeno cômodo escuro, ou dormir em um quarto de hóspedes? Eu escolhi a segunda opção em busca de conforto. Eu nunca me importei com a baixa condição financeira de minha família, e estou acostumada com coisas de segunda mão. Então, se me derem qualquer coisa, eu aceito sem reclamar.

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Primeiro episódio postado.

Esse é o meu primeiro livro postado no perfil, já que as outras obras já postadas eram escritas focadas em certos shipps.

Fiquem livres para imaginarem quem vocês quiserem, mas indico vocês imaginarem Marina Ruy Barbosa como Eva e Michele Morrone como Robert

Espero que vocês realmente tenham gostado.

Levar Até a LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora