🔥 Fogo em todos os sentidos

Isabella

...No carro...

Solto o ar bem fundo.
Abro minha bolsa e tiro uns lenços umedecidos e limpo minhas mãos. Pego o gravador e desligo a gravação.

-Bella próximo passo delegacia?...pergunta passando a mão no cabelo e nuca.

-sim para o quinto DP Liberdade. Por favor...digo voltando a gravação onde ele fala que o garçom sabia que Jeferson era inocente. Anoto mais alguns detalhes importantes no papel.

Chegamos rápido, era perto.
Descemos do carro. E Lorenzo me acompanha.

-com licença. boa noite! Gostaria de falar com o delegado de plantão. Sou advogada Isabella.

-ele está em atendimento. Mas acho que está acabando. Pode aguardar na frente da sala dele.

-obrigada. Vou aguardar. Licença...Vamos caminhando para a sala. Sentamos em um banco e ficamos aguardando.

Lorenzo beija minha mão e eu beijo seu rosto. Alguns policiais passam pela gente e cumprimenta Lorenzo. Acho que se conhecem.

A porta se abre e sai uma família o delegado na batente da porta avista Lorenzo.

-hora hora!...diz caminhando até a gente...-o que devo a honra dessa visita tenente Mantovani?...diz abraçando Lorenzo.

-meu amigo Bittencourt, que satisfação em revê-lo. Achei que estivesse em Belo Horizonte...retribui o abraço.

-infelizmente não deu certo. Vocês irão me aguentar por aqui mesmo. Apesar de meus pais estarem aqui. O que precisa?

-na verdade ela que veio conversar com você...aponta pra mim.

Nossa e que delegado. Bonito pra cassete. Uiui!!

-boa noite! prazer delegado Bittencourt...estendo a mão...-sou advogada Isabella e venho revogar a prisão de meu cliente.

-boa noite e prazer em conhecê-la doutora Isabella...aperta minha mão...-vamos entrar por favor...Entramos na sala. E ele aponta as cadeiras.

-com licença, obrigada.

-quem é a pessoa em questão doutora?...pergunta se ajeitando na cadeira e mexe o computador.

-meu cliente Jeferson dos Santos Silva...ele procura no computador e coça o maxilar.

-o caso dele é bem complexo, pois a senhora sabe que houve vítima fatal.

-sim. Eu soube. Mas tenho provas que ele é inocente e ele é réu primário.

-se você me provar a inocência dele. Ele responde em liberdade. Caso houver julgamento já que houve testemunha. Sabe que complica mais ainda.

-testemunhas essas que estavam no bar bebendo. Eles deram o depoimento aqui no DP senhor Bittencourt?

-pelo que vejo aqui só testemunhas no local mesmo...diz olhando para mim.

-ou seja falso testemunho. As pessoas apontam e diz que foi ele e pronto. Julgam sem saber.
Aí os policiais vão até o local e o prendem...digo olhando para ele.

-você está insinuando que meus homens agiram mau em prendê-lo doutora Isabella?...aumenta um tom.

-Não estou insinuando. Estou afirmando que seus homens agiram de forma errônea. Apontaram meu cliente e o julgaram de imediato. Não se preocuparam em ver as imagens do vídeo. Provas. Nem mesmo deram direito de defesa, meia dúzia de bêbados apontam o dedo e pronto...digo calma e firme.

-bom a doutora sabe que posso lhe dar voz de prisão. Por insultar minha corporação?...diz elevando o tom.

Lorenzo ia se manisfestar mas segurei seu punho e neguei com a cabeça.