𝐃𝐚𝐧𝐬𝐞 pour moi, mademoiselle.

Quatre

Vestes de seda eram delicadas, se ajustavam ao corpo, e ficavam como graça de Cristo ao corpo esbelto de Hyunjin, ao olhar crítico e incivil de Lee Minho.

A mulher que o vestira abaixou sua cabeça, o aconselhando a obedecer sem pestejar, sempre estar submisso a quem quer que fosse, acresentando que ele era um jovem muito bonito para sofrer tudo aquilo.

Hyunjin então, ficou confuso, mas logo com medo ao escutar uma risada forçadamente irônica e cínica, e se entristeceu ao ver a mulher correr assustadamente.

Hyunjin então, fora atacado por trás, nem ao menos teve tempo por implorar pela sua vida.

Pela primeira vez, Lee Minho sentiu pena.
Então matou-se também.

Anos depois, a lenda de um teatro macabro e assombrado era contada, onde as pessoas escutavam um choro lindo, porém desesperado. Era como se uma voz oriunda de um ser majestoso, estivesse em perigo, em situação de medo. E logo depois desse choramingo, uma risada cínica era ecoada por todo o local. Mas nunca tinha ninguém ali dentro.

Quem tivesse a incrivel capacidade de enxergar espíritos, teria uma belíssima porém trágica imagem de um lindo homem, dançando e chorando, agora, sua feição era triste. Seus passos eram mais contidos, mas não eram feios, eram magníficos do mesmo jeito. Se olhassem para a plateia, em um lugar especial, estava um homem também muito bonito, com aura canalha, um olhar extremamente frio, sorria minimamente. E era de lá que provinha a risada, aparentemente, o espírito gostava genuinamente da expressão dolorosa.

Se o espírito dançante parasse, ele rapidamente olhava para cima, como se pedisse permissão para parar de dançar. Mas o olhar ríspido de Minho praticamente o espantava e o fazia voltar a dançar. Duas almas estavam conectadas e interligadas para todo o sempre, desde 1616.