(Nem) um terço dos livros (Tonehina;Sasuhina)

Monstros

Olá, meus doces. Tudo bem?

Devo dizer que estou muito feliz por trazer essa fic. "(Nem) um terço dos livros" era uma oneshot, criada por um querido amigo e por mim há dois anos, então foi muito gratificante reescrevê-la e modificá-la, mas sem perder a essência. Decidi dividir em capítulos para ficar de melhor compreensão, pareceu certo que ela tivesse pausas e um final definitivo ao invés de um entreaberto. Estou satisfeita.

Esse NÃO É um romance. Eu não consigo considerá-la assim. A temática a princípio pode parecer "tranquila", mas se aprofunda e acaba mexendo com possíveis gatilhos. Não é recomendada para pessoas sensíveis.

Eu li várias vezes e sempre acabo com uma sensação de impotência. Mas, desde que conclui, fiquei um pouco mais "aliviada" com esse novo final. De uma maneira mais sucinta, posso afirmar que conheço alguns dos eventos de perto e foi o que me deu inspiração para abordar o plot para o meu antigo coautor, que aceitou de braços abertos.

Essa estória aborda temas como dependência emocional, uso de drøgas, e agressões físicas. Então, de novo, não leia se for sensível ao conteúdo!

• Serão 6 capítulos.

Sejam muito bem-vindos! ❤️ 

CAPÍTULO UM

MONSTROS

      "Nem todos os monstros possuem dentes afiados, um rosto assustador ou entram na casa de pessoas indefesas pela noite."

* * *

      A denominação de monstro é, como em outras palavras, um termo pacato que pode possuir muitos significados, dentre eles, mais que uma simples referência física ou mental sobre determinado "ser" ou "coisa". O que realmente seria um monstro? O que poderia não ser?

      Monstros podem ser criaturas bonitas, pessoas belas, trazer mensagens de conforto e abraçar a quem precisa nos seus piores momentos. Isso sem precisar mostrar seus verdadeiros rostos. Eles sorriem. Encantam. E surpreendentemente, fazem com que se apaixonem por eles.

      Se apaixonar...

      Poderia mesmo um humano amar um "monstro"?

      Eles ferem, machucam. Reproduzem uma imagem sólida de comprometimento e importância, mas no momento em que se menos espera, penetram tão profundamente quanto uma faca um órgão vital, como um assassinato.

      E isso não é o pior cometido por eles. A indução para um mal pior que a "crendice" dos insensatos não chegaria perto do verdadeiro poder que possuem, seus reais objetivos, suas cruéis artimanhas. E de certo, nunca saberão.

      Os monstros destroem, rasgam e corrompem o que há de melhor em uma pessoa. Desde sua pureza aos seus sonhos, desejos e sentimentos, expectativas e esperanças... Sempre e sempre. Por isso, os corações são o primeiro alvo.

      A alma. Que depois se perde.

      Em algum lugar entre o sonho e a realidade, o céu e o inferno, o inevitável e o tão aguardado é esperado. A dor que causam através das mentiras.

      "O que eu fiz de tão errado para terminar com lágrimas nos olhos e uma profunda dor em meu ser?" A culpa são dos monstros. 

Espero que tenham gostado.